Com os olhares atentos ao Brasil por conta da disputa da Copa das Confederações, a imprensa mundial prestou grande atenção ao pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, na noite da última sexta-feira. A promessa mais destacada foi a da capacidade do País fazer uma "grande Copa do Mundo", em meio a pressões da Fifa sobre a segurança dos eventos.
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Nos Estados Unidos, além de destacar o discurso de Dilma, o jornal New York Times analisou o enfraquecimento do futebol no Brasil, visto pelas críticas gerais a Pelé e Ronaldo, dois dos maiores jogadores brasileiros, durante as manifestações. Já o USA Today deu ênfase à "prisão" da Itália no hotel de Salvador por conta dos protestos.
Observando de perto os acontecimentos do País, publicações da América do Sul opinaram sobre as consequências das manifestações. O argentino Olé definiu que o Brasil está diante de um desafiador "caos Mundial", fazendo trocadilho com a Copa do Mundo. Já o El País, do Uruguai, lembrou a pressão da Fifa, que já teria um "plano B" para as finais da Copa das Confederações.
A Europa também repercutiu em larga escala as declarações de Rousseff. O francês Le Monde relatou a defesa de Dilma aos gastos do Mundial e a promessa de que tudo sairá bem. O periódico português O Jogo, por sua vez, ressaltou a pressão da Fifa por mais segurança, mesmo destaque dado pelo italiano Corriere della Sera. Ainda na Itália, a Gazzeta dello Sport destacou a declaração da presidente de que "futebol é amizade".
Na Espanha, o El País noticiou que a Copa das Confederações seguirá mesmo com o aumento dos protestos ("nada assusta a Fifa"), enquanto o Marca reportou o pedido de Rousseff por carinho e respeito à Copa das Confederações. No Reino Unido, uma análise no The Independent opinou que a insatisfação popular força o futebol a questionar seu status. O The Guardian destacou que o aumento dos protestos faz crescer os medos pela Copa do Mundo.
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