O Brasil no Qatar: Gabriel Jesus disputa mais uma Copa pela Seleção em busca de redenção

Atacante foi muito criticado em 2018 e terá outra oportunidade no Qatar

8 nov 2022 - 06h31
Gabriel Jesus vai para a sua segunda Copa do Mundo com a Seleção Brasileira (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Gabriel Jesus vai para a sua segunda Copa do Mundo com a Seleção Brasileira (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Foto: Lance!

A lista de convocados de Tite para a Seleção Brasileira traz 26 histórias diferentes de superação, sucesso e virtudes, mas uma que pode ter toda a pinta de redenção é a de Gabriel Jesus, não apenas pelo seu nome remeter ao "Redentor", mas também pela chance de fazer em 2022 aquilo que não conseguiu na Copa do Mundo passada.

Homem de confiança do treinador desde quando começou a ser chamado, lá no início da "Era Tite" (marcando dez gols em 17 jogos), em 2016, Gabriel construiu uma história de respeito na Seleção, mas foi alvo de muitas críticas no período. Muito disso se deu pela participação na Copa da Rússia, em 2018, quando passou todo o torneio sem marcar gols, mesmo sendo o centroavante daquele time.

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Várias teorias foram aventadas para aquela participação ruim, desde a própria qualidade do jogador até culpar o próprio Tite por sacrificar o atacante em funções mais defensivas do que ofensivas. A verdade é que após a Copa ele passou a ser muito criticado por boa parte dos torcedores brasileiros, mas seguia prestigiado no Manchester City de Pep Guardiola, considerado o melhor técnico do mundo há tempos.

Depois do Mundial da Rússia, ele passou uma convocação sem ser chamado, mas quando voltou marcou seis gols em sete jogos. Nas partidas seguintes foi essencial para o título da Copa América-2019, principalmente em um momento em que a Seleção não contou com Neymar e precisou que outros assumissem a responsabilidade.

Gabriel Jesus foi titular em 2018 (Foto: AFP/GABRIEL BOUYS)
Foto: Lance!

Jesus, no entanto, passou a viver uma nova má fase com a Amarelinha a partir dali. Depois de balançar a rede na final da Copa América-2019, ele somente voltou a marcar três anos depois, em um amistoso contra a Coreia do Sul, em junho de 2022. Nesse meio tempo, houve mais uma Copa América, em 2021, quando ele foi expulso nas quartas de final e não voltou mais para a competição.

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Naquele momento, a má fase da Seleção não era amenizada com sua participação no Manchester City, onde também não gozava do mesmo prestígio de outrora e parecia estar estagnado, atuando fora de posição, sem o espaço que poderia ter. Foi aí que veio a transferência para o Arsenal, onde ele acabou "renascendo" e se transformando em um líder do time sensação da Premier League.

Desde que trocou de time, houve apenas uma Data Fifa para ser convocado e ele não esteve na lista de Tite, o que fez muitos acharem que ele estava garantido e o técnico apenas queria dar uma chance a outros nomes. Foi exatamente o que aconteceu: uma demonstração de confiança do comandante, apostando outra vez no atacante, que por sua vez terá a chance de redenção no maior evento do mundo.

Os jogadores convocados se apresentam no dia 14 de novembro, em Turim, na Itália, onde a Seleção Brasileira vai treinar por cinco dias, no CT da Juventus, antes de viajar para o Qatar (dia 19 deste mês). A comissão técnica chega na cidade italiana entre os dias 12 e 13.

A Seleção estreia na Copa no dia 24, às 16h, contra a Sérvia, depois enfrenta a Suíça, no dia 28, às 13h. Para encerrar a participação no Grupo G, ela duela com Camarões, no dia 2 de dezembro, às 16h.

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