Rayan é vítima de racismo no Sul-Americano Sub-20, e CBF envia queixa à Conmebol

Atacante do Vasco afirma que goleiro Fabian Pereira o chamou de 'macaco' e fez gesto imitando o animal em vitória do Brasil sobre a Bolívia

26 jan 2025 - 22h19
(atualizado às 22h24)

A CBF encaminhou uma representação oficial à Conmebol em protesto contra atos de racismo sofridos pelo atacante Rayan durante a vitória do Brasil por 2 a 1 sobre a Bolívia, no Campeonato Sul-Americano Sub-20 disputado na Venezuela.

No documento, a entidade destacou que Rayan foi chamado de "mono" (que significa macaco em espanhol) pelo goleiro Fabian Pereira, que, de acordo com o brasileiro, também gesticulou com imitações do animal em sua direção. Além disso, cobrou punição rigorosa por parte da Conmebol.

Jogadores da Seleção sub-20 fizeram o relato do gesto criminoso. Breno Bidon, inclusive, foi flagrado pela transmissão da Conmebol no momento em que denunciava o episódio ao árbitro do jogo.

Ao término da partida, Rayan e seus companheiros de time se direcionaram ao árbitro e ao quarto árbitro para relatar o episódio.

Confira nota oficial da CBF

"A CBF enviou uma representação à Conmebol e às autoridades locais em protesto contra os atos racistas sofridos pelo atacante Rayan, da Seleção Brasileira Sub-20, na vitória deste domingo (26) contra a Bolívia, na Venezuela, pelo Sul-Americano da categoria. O Brasil venceu a partida por 2 a 1.

A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolera casos de racismo no esporte.

No final do jogo, Rayan relatou ter sido chamado de "mono" (macaco, em espanhol) e visto o goleiro boliviano, Fabián Pereira, fazer o gesto imitando um macaco em sua direção. Imediatamente, Rayan denunciou ao quarto árbitro e ao árbitro do jogo, assim como todo o time brasileiro.

No vestiário, após o término do jogo, ele reiterou os gestos racistas feitos pelo atleta boliviano."

- É repugnante assistir novamente atos de racismo contra um atleta. Racismo é crime e vou sempre me solidarizar. Não podemos normalizar. Estamos tomando medidas efetivas para punir os responsáveis com rigor - afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues."

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