Mais uma atuação atrapalhada do Brasil. Jogadas positivas esporádicas, que dependem de sucesso individual, o que é cada vez mais raro, e a derrota de 1 a 0 para o Paraguai, em Assunção. Enfrentamos um rival também modesto, que representou um resultado quase evidente. Uma conseqüência lógica das dificuldades que a Seleção enfrenta nos últimos tempos, seja qual for o técnico e o elenco.
O Brasil manteve a posse da bola nos primeiros 20 minutos. Mas o Paraguai, mesmo com postura defensiva, e optando por contra-ataques, controlava o jogo. Afinal, o visitante não criava nada de útil. Aos 19 minutos, numa das poucas ocasiões que arriscou ir à frente, o anfitrião fez 1 a 0, em chute de Diego Gomez de fora da área. Alisson aceita de qualquer distância. O Brasil tentou reagir de imediato, na única finalização perigosa, quando Arana escorou e Júnior Alonso rebateu, sem goleiro. No entanto, ficou nisso. Pois a zaga guarani não teve problemas para evitar as iniciativas do tímido ataque adversário. O Brasil precisava de soluções para fazer o jogo fluir. O time, na prática, não conseguia trocar passes. Concluir, então, nem pensar.
Brasil apenas parecia que iria melhorar no 2º tempo
No intervalo, Luiz Henrique e João Pedro substituíram respectivamente Bruno Guimarães e Endrick. Mal a bola rolou e Rodrygo chutou por cima. Aos oito, João Pedro cabeceia fora. Parece que vai melhorar. O Paraguai, com vantagem, mantém a cautela, apostando nas saídas em velocidade. Assim, a torcida local chega a gritar "olé", um exagero para quem vencia por um gol e não mostrava tanto futebol assim. O que se percebe, porém, é que a organização tática dos guaranis, é superior ao da equipe do ex-treinador Daniel Garnero, também argentino, que apanhou de quatro do Brasil na Copa América.
Na realidade, tratava-se de partida completamente indefinida. Pois, de formas distintas, ambos têm, mal ou bem, chances de marcar. Aos 20, o Paraguai faz trocas para reforçar o ataque. Curiosamente, e até por necessidade, o visitante passou a forçar mais, mesmo sem muita coerência. Gatito Fernandez chegou a fazer boa defesa em arremesso de Vini Júnior. Mas Luiz Henrique era o único de fato que procurava assustar. Restando 14 minutos e Dorival Júnior lançou Gérson e Lucas Moura. E ainda pôs Estevão. Três tentativas de modificação quando o time já está no desespero.
E o tempo foi se arrastando, com muitas reclamações - da CT e dos atletas - contra a arbitragem, quase todas desnecessárias, o que refletia a inoperância geral, que determinou mais uma derrota da Seleção nas Eliminatórias. Vamos repetir: se o Brasil não conseguir uma vaga - em 2026 - em 10 competidores, é melhor jogar hóquei sobre a grama.
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