Acostumado a assumir responsabilidades desde muito jovem, o atacante Rodrygo foi bastante direto ao comentar as dificuldades que a Seleção Brasileira tem encontrado para assimilar o jeito de jogar do técnico Fernando Diniz. O jogador do Real Madrid rechaçou a tese de que é necessário tempo para que os jogadores entendam o estilo de jogo do treinador.
- Pela qualidade dos jogadores que vêm para a Seleção, acho que não precisamos de todo esse tempo que falam. No jogo contra a Colômbia, começamos muito bem, fizemos o que o Diniz pediu. Marcamos um gol rápido, tínhamos tudo para ganhar o jogo e, por um momento, a gente se desligou. É mais responsabilidade nossa que do Diniz.
Na visão do atacante, a Seleção Brasileira teve um bom desempenho quando os jogadores seguiram as orientações do treinador na partida diante da Colômbia. Ainda assim, o atacante reconheceu que o estilo de Diniz é diferente daquele que os atletas costumam praticar na Europa, mas confia que a qualidade individual dos jogadores pode acelerar o processo de adaptação do coletivo.
- Ele passou tudo o que deveríamos fazer. A partir do momento que a gente fez tudo o que ele pediu, deu certo. Então, não precisa de tanto tempo assim. Claro que é um futebol diferente de todos os outros, mas não é um tempo muito longo para mudar. Com a qualidade de todo mundo, conseguimos pegar rápido.
Não é por acaso a defesa de Rodrygo a Fernando Diniz. Na mesma coletiva, o atacante rasgou elogios ao técnico: afirmou que tem aprendido muito sob o seu comando e que deseja trabalhar junto dele por mais tempo. O jogador ainda citou, de forma prática, o que tem aprendido de novo com DIniz.
- Todos os treinadores têm as suas características e acho que as minhas se encaixam na forma que ele pensa o futebol. Mas ele me passa que eu tenho que melhorar em muitas coisas. Uma coisa que ele cobra bastante é o aspecto defensivo, para estar sempre marcando. Ele está sempre na beira do campo gritando comigo, tem horas que é chato, mas sei que é para o meu bem.
As falas firmes de Rodrygo contribuem para a impressão geral de que o atacante está pronto para assumir a responsabilidade de "carregar" a Seleção no jogo diante da Argentina, especialmente com as ausências de Neymar e Vini Jr.
- É normal as responsabilidades irem aumentando. Eu sabia que a minha hora na Seleção ia chegar. Agora, sem Neymar e com a baixa do Vini, esperam ainda mais de mim, e espero retribuir da mesma forma que confiam em mim. Estou fazendo o meu melhor e espero que tudo dê certo.
E se alguém acha que o atacante se assusta com essa responsabilidade, se engana. Na verdade, o jogador do Real Madrid diz estar acostumado com a pressão desde cedo. Além de contribuir com a sua qualidade dentro de campo, Rodrygo espera usar da sua experiência em grandes jogos para a formação de uma nova Seleção.
- É uma coisa que eu estou acostumado desde pequeno. Tive o privilégio de sempre jogar com os mais velhos, tem uma série de expectativas sobre mim. Fui crescendo e aprendendo isso. Mesmo com 22 anos, passei por algumas coisas no futebol e posso, de alguma forma, trazer certa experiência para o grupo. É um ciclo novo, são muitas mudanças.