A Seleção Brasileira irá disputar a Copa América, segundo informa o "GE" nesta segunda-feira. Apesar da insatisfação de jogadores e comissão técnica com os recentes problemas na CBF, a equipe inicia o torneio diante da Venezuela no próximo sábado, em Brasília.
Embora não haja um comunicado oficial, os atletas e o técnico Tite devem se pronunciar após o duelo contra o Paraguai, nesta terça-feira, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Há também a expectativa pela divulgação de um manifesto escrito por todos os envolvidos e o posicionamento do grupo com relação ao torneio.
Além do Brasil, outras seleções já confirmaram suas participações na competição. A AFA, Federação Argentina, publicou uma nota oficial no último domingo dizendo que a decisão era "reflexo do espírito esportivo" da entidade ao longo da história.
O Equador confirmou que irá viajar ao Brasil após o duelo contra o Peru, também nesta terça-feira pelas Eliminatórias da Copa do Qatar. Seleções menores, como a Bolívia, também não abrem mão do torneio por conta da premiação de cerca de R$ 20 milhões que irão receber.
Polêmicas
Desde a última segunda-feira, os jogadores e a comissão técnica de Tite estão insatisfeitos com a CBF por conta da decisão de realizar a Copa América no Brasil. O grupo se encontrou com Rogério Caboclo no domingo retrasado e não foram avisados sobre a decisão.
No decorrer da semana, surgiram boatos de que o comandante da Seleção Brasileira poderia pedir demissão após os duelos pelas Eliminatórias. O mandatário da entidade se sentia traído internamente e buscava uma série de modificações.
Além disso, Caboclo buscava agradar o presidente Jair Bolsonaro, o maior adepto da realização da Copa América no Brasil, com a destituição Tite do comando do Brasil e a promoção de Renato Gaúcho. O ex-técnico do Grêmio possui uma afinidade ideológica com o militar da reserva.
No entanto, o presidente da CBF foi acusado por assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade. No último domingo, o Comitê de Ética decidiu afastar Caboclo do cargo por 30 dias. Membros do organismo e patrocinadores pedem pela permanência de Tite até a Copa do Mundo.