A Seleção Brasileira deixa nesta terça-feira (4) a região serrana do Rio e segue para Brasília, onde disputa amistoso nessa quarta, contra o Catar. Os 13 dias em que o grupo convocado para a Copa América esteve em Teresópolis foram os mais tumultuados na sua relação com a cidade, desde a inauguração do centro de treinamento da CBF, em janeiro de 1987.
Tudo por causa de polêmicas envolvendo o principal jogador da Seleção. Por duas vezes, carros da Polícia Civil estiveram no local a procura de Neymar, acusado de ter cometido estupro e também crime de informática.
Torcedores barrados nos treinos da Seleção, mil e uma respostas de Tite sobre os escândalos que atingem Neymar, desconforto dos demais jogadores com a situação do colega, a presença de advogados da CBF na Granja Comary, local da concentração; tudo isso também desviou o foco da preparação da equipe, que estreia na Copa América, no dia 14, contra a Bolívia, no Morumbi.
Até então, a Granja Comary só havia registrado poucos incidentes em períodos de treinos da Seleção principal. Em 1990, por exemplo, isso se deu quando os jogadores às vésperas do Mundial daquele ano, na Itália, posaram para a foto oficial tapando a logomarca do patrocinador da CBF - queriam uma participação no acordo da confederação com a empresa. A manifestação gerou mal-estar por alguns dias entre comissão técnica, dirigentes da CBF e os próprios atletas.
Ainda nos anos 90, houve um corre-corre da imprensa no local quando um oficial de justiça chegou à Granja Comary para entregar uma notificação a Romário, por causa de problemas no pagamento de pensão à ex-mulher. Mas o caso não ganhou dimensão.
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