Ao contrário de Luiz Felipe Scolari, que abriu à imprensa todos os treinos da Seleção na fase final de preparação da equipe para o Mundial de 2014, o técnico Tite planejou nove atividades secretas de campo com seu grupo até a estreia na Copa da Rússia, dia 17 de junho, contra a Suíça. Acredita que assim o Brasil vai ter mais condições de surpreender seus adversários.
Essa lógica de que treinos dessa natureza são imprescindíveis no futebol atual costumava ser posta em prática pelo técnico Dunga, antes da Copa de 2010. Mas não com essa quantidade toda. Além do mais, não surtiu nenhum efeito.
Como o futebol brasileiro, hoje, parece mais uma competição de atletismo com bola – justiça seja feita, é assim também nos demais países-, difícil imaginar tempos atrás que um treino aberto, com a presença da imprensa do mundo todo, evitaria que Pelé e Garrincha, por exemplo, deixassem de fazer nos jogos o que sabiam.
Mas a europeização do futebol passou a ditar suas regras e Tite prefere segui-las. Desde o início do trabalho, em 21 de maio, em Teresópolis, passando pelas atividades em curso, em Londres, até a semana final em Sochi, na Rússia, os nove treinos secretos da Seleção devem ser traduzidos na apresentação de alguma coisa diferente na primeira fase da Copa.
Pelo menos, é o que o torcedor espera.