O amistoso da noite desta quarta entre Brasil e Catar, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, passou a ter mais importância não pelo ajuste em si do time dirigido por Tite que vai disputar a Copa América, a partir de 14 de junho. Na Seleção e na CBF, a expectativa é pela reação do público à presença de Neymar. Há o temor entre a comissão técnica da equipe de que o atacante possa ser hostilizado por parte dos torcedores.
Tudo isso por causa do envolvimento de Neymar em escândalos que atingiram em cheio o ambiente da Seleção nos últimos dias.
Ele é acusado de ter estuprado uma mulher, em maio, em Paris. Para se defender da acusação, o jogador gravou um vídeo no qual inseriu imagens da autora da denúncia em situações íntimas. A atitude lhe acarretou uma investigação por crime de informática, o que levou policiais à concentração da CBF, na Granja Comary, em Teresópolis, com o intuito de intimá-lo.
A Seleção ficou duas semanas treinando naquela cidade, na região serrana do Rio. Saiu de lá na noite dessa terça, depois de dias de constrangimento para todo o grupo, com as polêmicas de Neymar.
Dirigentes da CBF também estão preocupados com a exposição negativa de Neymar e alguns deles conversaram ontem sobre a questão, temerosos de que parte do público se volte contra o principal nome da Seleção, às vésperas do início da Copa América. Entre eles, há quem seja a favor do afastamento de Neymar da equipe durante a competição.