Falta pouco para a estreia da Seleção Brasileira na Copa América. Neste domingo, o Brasil encara a Venezuela, em Brasília, e o técnico Tite concedeu entrevista coletiva na véspera da partida. O comandante da Canarinho afirmou que os atletas foram contra a escolha do país como sede da competição.
- Pedimos antes ao presidente da CBF. Eu pedi, os atletas pediram, o Juninho pediu antes de ser definida que ela fosse no Brasil. Antes, nós pedimos antes. Nós fomos leais e pedimos antes. Antes de levar ao presidente da República, ao país, colocamos essa situação que não gostaríamos, pelo respeito, por tudo o que estava envolvendo, por um lado sentimental - disse Tite.
- Ficamos à mercê. Pediram tempo para nós, aí a situação ficou definida e ficamos expostos. Esse é o real, o que acompanhei em relação a essa situação toda. Então decidimos nos manifestar de forma conjunta, mas já que ela foi definida, temos orgulho do nosso país, de representar a Seleção, eu tenho orgulho de ser técnico da Seleção - completou.
Apesar de condenar a competição, Tite disse que a Seleção Brasileira entrará para vencer a competição e que os problemas ficaram no passado.
- Colocamos que somos contrários à realização da Copa América e não vai ter desculpa agora. Não tem bengala, muleta. Vai jogar. Vamos nos cuidar da melhor maneira possível e vamos jogar com a exigência. "O técnico vai cobrar, vocês vão nos cobrar a nossa performance, porque é essa nossa responsabilidade, foi isso o que optamos" - disse Tite aos jogadores.
O treinador da Seleção Brasileira também falou sobre o protesto das jogadoras da seleção feminina, que condenaram a acusação de assédio do presidente Rogério Caboclo, e apoiou a mensagem das atletas.
- Eu tenho uma opinião e vou repeti-la: o fato é gravíssimo. Assédio, não! Tenho respeito à coragem da funcionária por um assunto tão difícil ser exposto. Eu torço para que a justiça de todos os envolvidos venha de forma clara e justa