O técnico Tite chamou oito jogadores que atuavam no futebol brasileiro em sua primeira convocação à frente da Seleção, em agosto de 2016. Nesta quarta (11), convocou apenas três para os amistosos no mês que vem. Uma queda de mais de 50%. E a tendência é que esse número enxuto se mantenha ou até diminua para o convite mais esperado: representar o País na Copa do Mundo, no Catar, a partir de novembro.
A primeira lista de Tite, em 2016, teve 35% de atletas convocados de clubes nacionais. Dos 23 selecionados para confrontos contra Equador e Colômbia pelas eliminatórias da Copa de 2018, jogavam no País os goleiros Weverton e Marcelo Grohe; o lateral-direito Fágner; o zagueiro Rodrigo Caio; o volante Rafael Carioca; o meia Lucas Lima; e os atacantes Gabigol e Gabriel Jesus.
Destes nomes, apenas dois foram chamados ontem para os amistosos contra Coreia do Sul, dia 2 de junho, em Seul; Japão, dia 6, em Tóquio; e outro adversário ainda não definido, provavelmente em 11 de junho. Os ‘sobreviventes’ são o goleiro Weverton, então no Athletico-PR e agora no Palmeiras, e o atacante Gabriel Jesus, atualmente no Manchester City.
Além de Weverton, somente o lateral-esquerdo Guilherme Arana (Atlético-MG) e o volante Danilo (Palmeiras) vestem camisas de times brasileiros entre os 27 selecionados para os próximos três compromissos. Ou seja, pouco mais de 10%. Essa realidade não é nova.
No Mundial na Rússia, em 2018, os clubes brasileiros enviaram apenas três representantes: dois do Corinthians, o lateral-direito Fágner e o goleiro Cássio, e um do Grêmio, o zagueiro Geromel. Nenhum deles está cotado para disputar a Copa no Catar.
Em setembro, o Brasil terá mais duas partidas antes da convocação final: amistoso contra o México e o jogo válido pelas eliminatórias sul-americanas, contra o Argentina, aquele interrompido por agentes da Anvisa. Nada indica, porém, que a presença de atletas em atividade no Brasil aumente.