Auxiliar de Tite na Seleção Brasileira, Matheus Bachi criou um mal-estar na CBF ao avalizar recente manifestação homofóbica do jogador de vôlei, Maurício Souza. Quem mais acusou o golpe foi o próprio treinador, que é pai de Matheus. Durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, na sede da CBF, para divulgar os convocados que vão estar à disposição nos dois próximos jogos da equipe, Tite teve de responder sobre a situação criada pelo filho.
Primeiro, foi ponderado e ressaltou que é contra toda forma de preconceito. Mas ele não estava à vontade e, no final, demonstrou descontrole num embate com o repórter do Terra, que, embora inscrito, não teve direito de fazer pergunta na entrevista.
Quem acompanha a Seleção desde a chegada de Tite, em 2016, nunca tinha visto o treinador se alterar como dessa vez. O Terra apurou que o episódio com Matheus, que foi à sala do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para se explicar, mexeu bastante com o treinador, que não quis nem acompanhar o filho na 'saia-justa' com o mandatário da entidade.
A Seleção vai jogar contra Colômbia e Argentina, em São Paulo e San Juan, respectivamente nos dias 11 e 16, pelas eliminatórias do Mundial do Catar. Para essas partidas, o técnico abriu mão de convocar os que atuam no futebol brasileiro, com exceção do goleiro Gabriel Chapecó, do Grêmio. Fez isso diante das circunstâncias - críticas contundentes de clubes do País nas últimas convocações.