Torcida xinga Dilma e Fred, mas aplaude show alemão de pé

8 jul 2014 - 17h46
(atualizado às 19h00)

A surra da Alemanha, ainda no primeiro tempo, foi o estopim para a revolta dos torcedores tomar conta do Mineirão ao ver a maior humilhação do Brasil em uma Copa do Mundo. Houve brigas, choros e xingamentos contra a Fifa, Felipão, Fred e até a presidente Dilma Rousseff. O placar final foi de 7 a 1.

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Alguns torcedores começaram a deixar as arquibancadas do Estádio do Mineirão ainda na primeira etapa. A facilidade com que o Brasil levou gols irritou parte da torcida que não aguentou a situação e sequer esperou o intervalo para sair do estádio ou ir comprar comida.

A partir do terceiro gol, alguns fãs já se revoltaram e começaram a gritar palavrões para o técnico Luiz Felipe Scolari. Houve brigas em alguns setores com direito a socos e pontapés. Muitas máscaras de Neymar já estavam no chão.

Depois de minutos de silêncio e revolta, na qual se ouvia apenas a minoria alemã, a torcida tentou reagir e cantou por cerca de um minuto “sou brasileiro com muito orgulho”.

Porém, em poucos segundos o direcionamento foi outro. Parte da torcida gritou "Fora Dilma" em um volume suficiente para ser ouvido por todo o estádio. A Fifa também foi lembrada antes da a Seleção deixar o campo, perdendo por 5 a 0, para o intervalo debaixo da maior vaia ja ouvida no Mineirão.

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No segundo tempo, a torcida brasileira reduziu um pouco a irritação e começou a gritar alguns “Brasil, Brasil” em lances de ataque da equipe verde-amarela.

Um dos lances que levantou a torcida foi em um chute de Paulinho que parou em uma bela defesa do goleiro alemão Manuel Neuer. Em seguida, os germânicos, em minoria, rebateram ao cantar: “Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, oh, oh, oh”, palco da grande final.

Aos 12min do segundo tempo, o alemão Miroslav Klose, que bateu o recorde de gols de Ronaldo, foi substituído por André Schürrle. Em seguida, a torcida brasileira voltou a perder a paciência com o atacante Fred. Com apenas um gol no Mundial, o camisa 9 voltou a cometer erros e os fãs não perdoaram: “Ei Fred, vai tomar no c...”. Outro lembrado em vaias foi o meia Oscar, ineficiente na armação das jogadas.

Após os 20min, a presidente Dilma, xingada na primeira etapa, voltou a ser lembrada por parte dos torcedores com os “gritos carinhosos” dos fãs do Mineirão.

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A Alemanha, que desacelerou no segundo tempo, voltou a tocar a bola e marcou o sexto com gol com Schürrle. Alguns torcedores brasileiros aplaudiram de pé os germânicos, outros decidiram aproveitar e deixar o Mineirão e alguns “imbecis” voltaram a brigar.

Em seguida, Felipão atendeu os pedidos e tirou Fred, o jogador mais vaiado em campo, para colocar Willian, que era cotado para ser titular após a lesão grave em Neymar. E a Alemanha voltou a marcar e fez o sétimo, novamente com Schürrle.

Em seguida, os torcedores brasileiros compreenderam a superioridade alemã e aplaudiram de pé, enquanto os fãs alemães cantavam e já começavam a pensar na final do Mundial, no dia 13, no Maracanã, que seguirá sem ver o Brasil em Mundial desde o Maracanaço de 1950.

No fim, Oscar fez o gol e torcedores ironizaram ao gritar: "eu acredito, eu acredito". O juiz mexicano Marco Rodríguez apitou em seguida o fim do massacre e em seguida houve vaias e alguns cantaram "eu sou brasileiro com muito orgulho". Para o Brasil agora fica a disputa de terceiro lugar, no sábado, dia 12, em Brasília, contra o perdedor de Holanda x Argentina.

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Veja os gols em 3D da Copa

Fonte: Terra
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