A Seleção Brasileira passou por momentos constrangedores na última vez que enfrentou o Peru em São Paulo. Com o empate por 1 a 1, no jogo disputado em abril de 2001, no Morumbi, pelas Eliminatórias do Mundial, ouviu vaias e foi vítima de um protesto atípico: um 'bandeiraço' - quando os torcedores, revoltados com a atuação do time e com o resultado, arremessaram suas bandeiras para o gramado.
Nesse sábado (22), Brasil e Peru voltam a se enfrentar - agora na Arena Corinthians. O empate garante a Seleção nas quartas de final da Copa América. Na terça-feira (18), a Seleção empatou com a Venezuela (0 a 0) na Bahia e deixou a Fonte Nova sob vaias.
Naquela oportunidade, em 2001, o futebol do Brasil já recebia críticas pela falta de criatividade e pela mesmice. Durante a transmissão da partida pela TV Globo, o narrador Galvão Bueno justificou a reação da torcida.
"O jogo é dramático no Morumbi, dramático porque joga mal o futebol brasileiro, dramático porque o futebol brasileiro passa por um momento difícil, complicado. Todo jogo é difícil para o futebol brasileiro", disse Galvão.
Em outra situação, já próximo do final da partida, ele voltaria a se manifestar. "A gente repete. Aqueles que mandam no futebol, aqueles que deveriam comandar de forma correta o futebol, em caráter de urgência, antes que acabe com o futebol brasileiro ... tem que organizar o futebol ... para que não passe mais por isso a Seleção do Brasil."
Ao deixar o campo, Romário, o único poupado pelo público e autor do gol da Seleção, defendeu o trabalho do técnico Emerson Leão e reconheceu que já não havia mais entre os adversários "o grande respeito" que se tinha pela Seleção.