A tragédia envolvendo Andrés Escobar (1967-1994) completa 30 anos nesta terça-feira, 2, de junho. O jogador de futebol marcou a história do esporte ao ser assassinado por ter feito o gol contra que eliminou a Colômbia, em jogo contra Suíça, da Copa do Mundo de 1994.
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De acordo com o La Nación, 10 dias após a eliminação da Colômbia da Copa do Mundo, o zagueiro resolveu curtir uma noite de festa em uma casa norturna, em Medellín. De madrugada, foi abordado por três homens e uma mulher que o rechaçaram por seu gol contra. O jogador de futebol pediu respeito, mas um dos homens, identificado como Humberto Muñoz Castro, atirou na cabeça de Escobar.
O atleta chegou a ser socorrido, mas morreu 45 minutos depois após ser alvejado. Humberto era motorista e segurança de Pedro e Juan Santiago Gallón Henao, dois irmãos que lideravam o Cartel de Medellín. Especulações da época apontavam que os irmãos estavam irritados, pois tinham perdido muito dinheiro de aposta com a derrota da Colômbia na Copa do Mundo -- o que, diga-se de passagem, nunca foi provado.
Durante a investigação da morte, autoridades investigaram a hipótese de que o assassinato de Andrés Escobar poderia ter sido encomendado pelo Cartel de Medellín, uma vez que a Colômbia tem apreço e paixão pelo futebol, como o Brasil. Porém, a defesa acolheu a decisão de que ele estava no lugar errado, na hora errada, encontrou quem não devia, foi cobrado por isso, respondeu e acabou sendo executado.
Humberto Muñoz Castro confessou o assassinato e foi condenado a 43 anos de prisão, mas foi solto após 11 anos depois do crime por bom compartamento. O funeral do jogador de futebol, por sua vez, foi assistido por mais de 120 mil pessoas. Até hoje fãs e devotos levam flores ao túmulo do atleta.
Em julho de 2002, a cidade de Medellín inaugurou uma estátua em honra de sua memória. No mesmo ano, a Netflix lançou a série Gol Contra, que narra de forma ficcional a ascensão e queda do colombiano que tinha tudo para levar o título de 1994, mas que viu tudo se perder por causa de um erro.