Um dos times que melhor se reforçou neste ano, o Internacional não cansa de frustrar seu torcedor e desponta como grande decepção da temporada até o momento. O conjunto treinado por Chacho Coudet ainda não venceu nem marcou gols na Copa Sul-Americana.
Nos últimos quatro jogos, apenas um gol anotado, fruto do futebol burocrático que contribuiu para a eliminação para o Juventude na semifinal do Campeonato Gaúcho. Pela Sula, a equipe colorada amargou o segundo 0 a 0 consecutivo, dessa vez jogando no Beira-Rio contra o modestíssimo Real Tomayapo, da Bolívia, que disputa pela primeira vez uma competição internacional.
Depois da baciada de reforços caros, em um pacotão encabeçado por Borré, Alario e Thiago Maia, a expectativa era de um time que competiria por todos os títulos em disputa, incluindo o Brasileirão. Porém, pelo o que joga até aqui, o Inter estreará no campeonato nacional, diante do Bahia, cercado de desconfiança.
Coudet não soube aproveitar as semanas livres de treinamento para melhorar o repertório ofensivo da equipe. Apesar de ter desperdiçado chances contra o Tomayapo, principalmente com Borré, faltou intensidade e criação ao Inter, ainda mais após perder Alan Patrick por lesão, no começo do segundo tempo. O técnico argentino conta com crédito por ter levado a equipe à semifinal da Libertadores no ano passado, mas precisa urgentemente encontrar soluções – não há motivos para reclamar de elenco agora – para o injustificável desempenho em campo.
Embora não tenha nenhuma relação com o xará de Porto Alegre, o Inter Miami também decepciona nos Estados Unidos. Não bastasse ter a quarta pior defesa de sua conferência na MLS, com 12 gols sofridos, duas derrotas e três empates em oito jogos, o time de Messi e Suárez foi eliminado pelo Monterrey, do México, nas quartas de final Concachampions.
Com o resultado, após ter sido inferior nos dois jogos, o Inter norte-americano perdeu a oportunidade de se classificar para o primeiro Mundial de Clubes com 32 equipes, que será disputado nos EUA, em 2025. A diferença para o homônimo gaúcho é que, ao contrário do bom elenco à disposição de Coudet, a franquia de Miami depende fundamentalmente da inspiração dos veteranos Messi e Suárez, dupla que passou em branco contra o Monterrey.