Depois de 11 anos, Lucas Moura retornou ao Morumbi para jogar novamente pelo São Paulo. O roteiro da festa parecia perfeito, com mais de 50.000 torcedores na arquibancada entusiasmados pela volta do ídolo e, de quebra, a apresentação de James Rodríguez.
Mas o Atlético-MG, que ainda não havia triunfado sob o comando de Felipão e acumulava 10 jogos sem vitória, estragou a tarde são-paulina. O time mineiro levou a melhor com gols de Hulk e Pavón, que marcou após converter pênalti cometido justamente pelo “debutante” Lucas Moura.
Seria injusto resumir a reestreia do atacante formado em Cotia à penalidade em cima de Patrick. Mesmo sem disputar um jogo oficial desde maio e com menos de uma semana de treinos, Lucas entrou no intervalo.
Ele se movimentou bem durante os 55 minutos em campo, demonstrando que agora, prestes a completar 31 anos, deve retomar sua função de origem na base, mais articulador do que ponta. Bateu uma falta perigosa sobre o gol e fez boas jogadas, como a enfiada para Wellington Rato já no fim da partida. Apesar do pênalti, Lucas tem qualidade de sobra para mudar o patamar do ataque tricolor.
Porém, chega no pior momento da equipe sob o comando de Dorival Júnior. O São Paulo soma cinco jogos sem vencer, sendo duas derrotas nas principais apostas de título da temporada: para o Corinthians, pela Copa do Brasil, e para o San Lorenzo, pela Sul-Americana.
Tanto Lucas quanto James só poderão atuar contra o grande rival, em 10 dias. Diante dos argentinos, na próxima quinta-feira, Dorival precisa se virar sem os reforços e retomar a consistência coletiva que empregou ao assumir o lugar de Rogério Ceni.
Não deixam de ser preocupantes a queda de produção ofensiva e o momento da oscilação, que podem custar a continuidade nas Copas. A empolgação dos são-paulinos pela chegada de dois reforços de peso seria proporcional à frustração caso eles só tenham o Brasileirão para disputar até o fim do ano.