Em época de Copa do Mundo feminina, sempre aparece a turma dos complexados pra tentar causar nas redes sociais dizendo que “ninguém liga para futebol feminino”. Mas é justamente nesse período que a falácia machista cai por terra — e de forma cada vez mais retumbante.
Se no último Mundial uma edição feminina do torneio havia superado pela primeira vez a marca de 1 bilhão de espectadores em todo o planeta, esta Copa realizada na Austrália e Nova Zelândia empilha recordes em menos de uma semana de jogos, sobretudo no Brasil.
A transmissão de Brasil x Panamá na Globo marcou 16 pontos de audiência, com alcance estimado em mais de 11 milhões de telespectadores, o dobro da média para o horário e maior audiência dessa faixa matinal (entre 8h e 10h) desde 2008, na ocasião das Olimpíadas de Pequim.
Já a CazéTV, que transmite os jogos via streaming, bateu o recorde de maior transmissão de futebol feminino da história do Youtube no mundo, somando mais de 1 milhão de aparelhos conectados simultaneamente durante a estreia da seleção brasileira. Mesmo com partidas em plena madrugada, a plataforma já havia cravado marcas expressivas para os padrões de lives no streaming, sempre superando 100 mil espectadores simultâneos.
Na Oceania, o apelo do Mundial tem sido arrebatador. Com mais de 42 mil torcedores no estádio Eden Park, a abertura reuniu o maior público em jogos de futebol (entre homens e mulheres) da história da Nova Zelândia, que venceu sua primeira partida em Copas.
Do lado australiano, outro recorde absoluto. Os mais de 75 mil torcedores presentes em Sydney para a estreia da Austrália se tornaram o maior público de um jogo de futebol feminino no país, onde outros quase 5 milhões de espectadores acompanharam a partida pela TV ou streaming.
A fase de grupos mal começou, mas a Copa do Mundo já reforça que, sim, tem muita gente ligando para o futebol feminino. Milhões para apoiar e torcer, apesar dos gatos pingados que ainda insistem em não reconhecer o interesse universal pela modalidade.