O Fluminense chegou à Arábia Saudita de tanta repressão, a sede do Mundial de Clubes. O que esperar do Tricolor, atual campeão da Libertadores, nessa competição? Sei que precisa passar pelo adversário da fase semifinal, o árabe Al-Ittihad ou o egípcio Al-Ahly. Esse tradicional clube africano perdeu para o Real Madrid na semifinal, e, na disputa do terceiro lugar, amargou derrota para o Flamengo por 4 a 2.
A torcida do Flu deseja, pelo menos, que o time carioca consiga a classificação à final contra o Manchester City e que, nessa possível decisão, mostre força nos sistemas defensivo e ofensivo. No entanto, a fase semifinal já será complicada. Caso enfrente o Al-Ittihad, algumas coincidêncas existem com o Flamengo, eliminado pelo Al-Hilal em fevereiro desse ano. O Al-Ittihad também é da Arábia Saudita, tem atacante brasileiro de velocidade e técnico argentino. No provável adversário do campeão da América do Sul, Romarinho é o perigo pela direita e Marcelo Gallardo comanda o time. No Al Hilal da edição passada, Michael estava na linha de frente e o treinador era Ramón Diáz, que salvou o Vasco do rebaixamento no Brasileirão.
Calma, tricolor. Não estou torcendo contra o querido Flu dinizista. Muito pelo contrário. O Fluminense é o Brasil no Mundial.
Como chega o Al-Ittihad?
O clube da Arábia Saudita tem uma espinha dorsal do meio-de-campo para frente com um quarteto muito bom: os volantes Fabinho, prata-da-casa do Fluminense e ex-Liverpool, e Kanté, ex-Chelsea e com maior presença ofensiva, e atacantes de peso como Romarinho, ex-Corinthians, e o super artilheiro Benzema. Ainda conta com o goleiro Marcelo Grohe, campeão da Libertadores pelo Grêmio em 2017.
Time-base:
Marcelo Grohe, Shanqeeti, Hegazy, Kadesh e Zakaria Hawsawi; Fabinho, Kanté e Al-Ghamdi; Romarinho, Benzema e Igor Coronado
Técnico: Marcelo Gallardo
E o Al-Ahly?
O clube do Egito é o atual campeão africano. Foi quarto colocado da edição passada do Mundial.
Time-base:
El-Shenawi, Mohamed Hany, Yasser Ibrahim (Adelmonem), Rami Rabia e Ali Maâloul (Karim Fouad); Dieng, Emam Ashour e Marwan Attia; El Shahat (Afsha), Percy Tau e Kahraba (El Debes)
Técnico: Marcel Koller
E o Manchester City?
Já os Citizens não estão passando pelos melhores momentos da genial Era Guardiola, pelo menos, na Premier League. Nos últimos cinco jogos nessa competição, o Manchester City empatou três, perdeu um e venceu somente um. Antes de derrotar o modesto Luton Town por apenas 2 a 1, e de virada, o atual campeão da Champions League estava quatro rodadas sem ganhar no Campeonato Inglês.
Chegou a passar por momentos ruins contra o Aston Villa quando o tricampeão da Inglaterra foi neutralizado, perdeu e, por incrível que pareça, só chutou duas vezes na partida inteira. Nessa partida, o Aston Villa bateu recorde contra o City do Pep e amassou o dono da Tríplice Coroa da temporada passada com 13 chutes perigosos no primeiro tempo. Algo inaceitável com Guardiola como técnico.
Na Champions League, a fase anda bem diferente. O timaço britânico está com 100% de aproveitamento e marcou três vezes em cada uma das seis rodadas. Total de 18 gols. O que assusta o treinador e os torcedores na Premier e na Liga dos Campeões da Europa é a quantidade de gols que a defesa sofreu.
Na Premier, levou dez nos últimos cinco jogos. Nessa caminhada mais complicada chegou a empatar em 4 a 4 com o Chelsea. No clássico com o Liverpool, 1 a 1. Na partida contra o Tottenham, 3 a 3. Na Champions League, levou sete em seis rodadas.
Veja os últimos jogos do Manchester City:
12/11 – 4 a 4 com Chelsea (Premier League)
25/11 – 1 a 1 com Liverpool (Premier League)
28/11 – Vitória de 3 a 2 sobre o RB Leipzig (Champions League)
3/12 – 3 a 3 com o Tottenham (Premier League)
6/2 – Derrota para o Aston Villa por 1 a 0. City deu apenas dois chutes a gol. (Premier League)
10/12 – Vitória de virada sobre o Luton Town por 2 a 1. (Premier League)
13/12 – Fora de casa, o Manchester City vence o Estrela Vermelha por 3 a 2. (Champions League)
Departamento médico inglês
Os Citizens possuem algumas baixas até agora: o camisa 9, o centroavante norueguês Erling Haaland, e o novo contratado, o ponta-esquerda Jérémy Doku. Haaland está machucado com lesão no pé depois de marcar 14 gols e dar quatro assistências em 15 jogos. Não marca há quatro rodadas, mas tem média de 0,93 por partida.
Os belgas Kevin de Bruyne e Jérémy Doku, escrevi anteriormente sobre esse último, também não estão atuando. Todos no departamento médico. O cerebral de Bruyne teve uma fissura parcial muscular na coxa direita com intervenção cirúrgica e, provavelmente, não estará no Mundial. O veloz e habilidoso Doku teve lesão muscular em local não-divulgado, mas, talvez, marque presença na semifinal ou final da maior competição internacional. O zagueiro-volante Stones retornou no jogo contra o Luton Town.
No sábado, a três dias da semifinal do Mundial de Clubes, o City enfrenta o Crystal Palace, e Haaland continua como dúvida. A equipe comandada pelo posicional Guardiola precisa vencer para continuar a perseguição ao novo líder, o Liverpool, que tem 37 pontos, e ao atual segundo colocado, o Arsenal, com 36. O algoz Aston Villa se encontra na terceira posição e tem 35. No quarto lugar, o tricampeão inglês soma, até agora, 33.
O time-base do Manchester City sem Kevin de Bruyne, Jérémy Doku e Erling Haaland:
Ederson, Walker, Rubén Dias, Stones (Akanji) e Gvardiol; Rodri, Kovacic; Bernardo Silva, Foden e Grealish; Julián Álvarez
Time-base com Jérémy Doku e Haaland:
Ederson, Walker, Rubén Dias, Stones (Akanji) e Gvardiol; Rodri, Bernardo Silva; Foden, Julián Álvarez e Jérémy Doku; Haaland
No próximo capítulo, escreverei sobre pontos fortes e fracos do atual campeão da Libertadores, o Fluminense.
Abraços boleiros e internacionalistas.