As finais do primeiro Grand Slam do ano são a grande atração da ESPN 2 e do Star+ neste final de semana. O Australian Open chega ao seu fim de semana decisivo e a grande novidade para o público brasileiro é a presença da paulista Beatriz Haddad na disputa do título feminino de duplas, que será destaque da ESPN 2 no domingo, à 1h da manhã, com narração de Hamilton Rodrigues e comentários de Fernando Roese e Sylvio Bastos.
A dupla Fernando Nardini e Fernando Meligeni ficará responsável pelas transmissões das finais de simples. No sábado, a decisão do feminino será disputada entre Ashleigh Barty, número 1 do ranking da WTA e representante australiana no torneio, e a americana Danielle Collins. A ex-tenista Teliana Pereira completa o time de transmissão para o jogo que será disputado no sábado (29), a partir das 5h da manhã.
No domingo, também às 5h, a dupla terá a companhia de André Ghem para a disputa do título masculino. O espanhol Rafael Nadal, um dos maiores tenistas de todos os tempos, encara a jovem estrela russa Daniil Medvedev na final simples masculina. O jogo que encerra as transmissões do torneio será destaque da ESPN 2 e do Star+ para todo o Brasil.
Principal comentarista de tênis dos canais ESPN, Fernando Meligeni avaliou as finais do torneio e falou sobre a brasileira Beatriz Haddad:
Como você avalia essa final entre Rafael Nadal e Daniil Medvedev? Há um favorito?
Favorito sempre vai ter, muito pelo momento, o Medvedev é o cara do momento, o que melhor está jogando, atual número 2 do mundo, mas em uma final de Grand Slam você perde esse favoritismo na hora que você tem experiência, maneiras de jogar, então é um jogo muito aberto, vai depender muito de como mentalmente e fisicamente os dois vão chegar. O Nadal tem uma maneira de jogar que pode complicar o Medvedev e o Medvedev tem uma maneira que pode complicar o Nadal. Vai ser um jogo muito interessante no aspecto técnico.
Caso conquiste o título, Rafael Nadal alcançará 21 troféus de slam em simples na carreira, deixando para trás lendas como Novak Djokovic e Roger Federer, que têm 20 cada. A que você atribui esse desempenho de Nadal que completa 36 anos em 2022?
Nadal é um jogador que tecnicamente e taticamente é muito bom, e fisicamente muito forte, também tem um coração absurdo. Nas declarações dele na quadra mostram que a pouco tempo estava pensando se continuaria jogando ou não, várias lesões, um final de ano complicado, mas o amor ao esporte que ele tem, essa ideia de querer sempre mais faz com que ele seja um cara extremamente competitivo. Ele é muito inteligente dentro de quadra e vem se adaptando aos problemas que tem, e continua sendo muito forte,
principalmente nos jogos grandes.
Daniil Medvedev conquistou pelo segundo ano consecutivo uma vaga para a
disputa da final do Open da Austrália. Ele chega para essa decisão como um
postulante ao título?
Medvedev já mostrou que ele é muito mais que um jogador que chega, ele é um ganhador, um vencedor. Ele não respeita o tamanho, vimos isso na final do US Open do ano passado, uma coisa com muita pressão, com muita importância, ele tirou o título do Djokovic. Um dos títulos mais importantes da história do Tênis. Mostra a sua personalidade, ele tem uma personalidade forte, todos os jogos ele tem essa maneira de ser, o que é muito positivo.
Ele é um competidor nato, sempre está competitivo nos jogos, então ele sempre se transformará num postulante ao título. E na final masculina ele é favorito no papel. Na hora do jogo, vimos na semifinal contra o Tsitsipas, a mesma coisa, ele é favorito, mas o Tsitsipas nos dois primeiros sets colocando
uma pressão muito grande. Ele encontrou saídas nas semifinais, nas quartas de final, mas agora tem que ver o que vai acontecer na final contra um cara que também deve colocar problemas pra ele, com um pouco mais de experiência e vitórias. Vai ser uma grande final, tenho certeza.
Com a classificação para a final, a Bia Haddad se torna a primeira brasileira finalista do Australian Open na Era Aberta. Além disso, ela obteve o melhor resultado para as mulheres do país desde a semifinal de 1965 de Maria Esther Bueno, que conquistou em 1960 o torneio de duplas e foi vice-campeã em 1965 no torneio individual. O que esse momento da Bia representa para o tênis brasileiro?
Eu acredito que tenham duas coisas, para a Bia, para o Tênis em si, é muito importante essa final da Bia como foi a medalha olímpica da Luisa e da Laura. Momentos importantes e mostram a cara do Tênis feminino. Por outro lado, é um sinal de alerta, é um sinal de presta atenção de que precisamos fazer mais pelo tênis feminino no Brasil, e precisamos olhar para a base e melhorar as condições para que os mais jovens consigam melhores resultados.
Acho que é um jogo muito complicado, muito difícil. Nós brasileiros vamos estar sempre torcendo e acreditando, mas é uma dupla muito forte, muito difícil. Todo favoritismo é da dupla Tcheca, são campeãs olímpicas, número 1 do mundo, mas quem chega na final tem todas as possibilidades de conseguir um grande resultado. A Bia está muito confiante e tenho certeza que elas vão lutar muito por esse título. Vamos torcer, mas o favoritismo é todo da outra dupla.