No Qatar, a Argentina tem um início de trajetória na Copa do Mundo semelhante ao que se viu em 1990. Se naquele ano a Albiceleste era comandada por um histórico Carlos Bilardo, em 2022 é Lionel Scaloni o responsável por tentar conduzir a bicampeã do mundo a uma nova decisão em busca do tão sonhado título.
Como o LANCE! contou, a Argentina estreou com derrota no Mundial de 1990 diante de Camarões. E 32 anos mais tarde, a Albiceleste saiu de campo sem pontos após a partida inaugural da Copa do Mundo. Desta vez, a Arábia Saudita surpreendeu e foi o algoz dos sul-americanos.
Após a derrota diante da equipe africana, o técnico Carlos Bilardo, campeão em 1986, não hesitou em fazer cinco modificações para o jogo seguinte. Oscar Ruggeri, lesionado, deu lugar a Pedro Monzón, enquanto Néstor Fabbri, Néstor Lorenzo, Néstor Sensini e Abel Balbo deixaram o time titular por opção. O resultado foi uma vitória por 2 a 0 sobre a extinta União Soviética.
Em 2022, Lionel Scaloni não teve nenhum problema com lesão e optou por mudanças técnicas/táticas na escalação contra o México em relação ao time que jogou contra a Arábia Saudita. Nahuel Molina, Cuti Romero, Nicolás Tagliafico, Leandro Paredes e Papu Gómez deixaram a equipe para as entradas de Gonzalo Montiel, Lisandro Martínez, Marcos Acuña, Guido Rodríguez e Mac Allister. O resultado foi uma vitória por 2 a 0 sobre os comandados de Tata Martino.
Na última Copa sob comando de Carlos Bilardo, a Argentina conquistou uma vaga nas oitavas de final com um certo sofrimento. Na ocasião, os "hermanos" eliminaram o Brasil na fase seguinte, feito que é lembrado até hoje pelos torcedores. Na famosa canção "Brasil decime qué se siente", há um trecho em que os "hinchas" cantam "Nunca nos vamos a olvidar/Que el Diego te gambeteó/Que Cani te vacunó/Que estás llorando desde Itália hasta hoy". E o confronto pode se repetir no mata-mata em 2022.
Caso a Albiceleste confirme o favoritismo e vença a Polônia, um confronto contra o Brasil pode acontecer na semifinal da Copa do Mundo. E após um início de trajetória semelhante, a Argentina espera chegar em uma nova decisão da competição, mas, ao contrário de 1990, com uma vitória na final e com o caneco do tricampeonato nas mãos.