Artilheiro de Tite, Elias volta a ser carrasco do São Paulo

Para um jogador que apresentou um futebol abaixo do esperado pela torcida corintiana em 2014, Elias nem parece o mesmo. Com Tite, o volante mudou de posicionamento, recuperou a antiga característica de aparecer como elemento-surpresa e voltou a fazer gols - tanto que é o artilheiro da equipe na temporada. E nesta quarta-feira, a vítima foi um velho conhecido: o São Paulo, time que mais levou gols do camisa 7.

Agora, com a camisa alvinegra, Elias já soma seis gols diante do rival tricolor - e em todas as vezes que ele marcou, o Corinthians venceu. O desta noite foi uma pintura: aproveitando belíssimo passe de Jadson por cima da zaga, o volante se infiltrou na área ao seu estilo e pegou de primeira um chute colocado. Rogério Ceni se esticou, mas não alcançou, fazendo explodir a torcida que lotou a Arena Corinthians na vitória por 2 a 0 válida pela primeira rodada do Grupo 2 da Copa Libertadores da América.

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Este foi o terceiro gol de Elias em 2015. Ninguém no Corinthians balançou a rede mais do que ele desde o retorno de Tite ao comando, e isso tem a ver com a mudança tática que o treinador implantou: se com Mano Menezes o volante era um jogador mais recuado, que mais passava a bola do que aparecia na frente, agora ele se posiciona mais adiantado, na mesma linha de Jadson, Emerson e Renato Augusto, e pega na bola mais vezes perto do gol adversário.

É verdade que a saída de bola do Corinthians sofre sem a presença de Elias em um setor mais recuado - foi comum ver o time alvinegro dando chutões na direção de Danilo, incapaz de escapar da marcação do São Paulo, apenas com Ralf à frente da zaga como opção de passe. Mas o camisa 7 vem compensando a opção de Tite com muita produção ofensiva. Além do belo gol, foi o principal jogador da partida, com decisões lúcidas no meio-campo, desarmes, passes seguros e liderança.

O Corinthians ainda ampliou no segundo tempo em jogada de contra-ataque que terminou com gol de Jadson, o outro destaque do duelo. Mas o grande personagem do clássico só poderia ser um: Elias, que ainda saiu ovacionado no fim para ser substituído por Bruno Henrique. Mas não antes de acrescentar à sua folha de serviços prestados ao clube do Parque São Jorge mais um gol sobre o arquirrival tricolor.