O presidente do Corinthians, Augusto Melo, não pretende ingressar com uma nova liminar para impedir que seja votado o seu impeachment nesta segunda-feira. Pelo contrário, ele já se manifesta a favor da votação e demonstra segurança, acreditando que não haverá aprovação.
"Não vai ser aprovado. Não vai ter golpe. Faço questão que tenha essa votação. O Corinthians não pode passar por essa votação. São pessoas que tentam retomar o poder. Eu ganhei a eleição democraticamente, sete anos concorrendo. Que façam o mesmo", disse em participação no Esporte Record, novo programa da emissora, apresentado por Cleber Machado.
A discussão do tema acontece na sede do Corinthians, no Parque São Jorge, com chamadas às 18h e às 19h. Será discutido possível gestão temerária do presidente neste primeiro ano em que esteve à frente do clube, em especial o contrato com a Vai de Bet, ex-patrocinadora máster do clube.
O acordo é objeto de investigação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, por suspeita de furto qualificado, apropriação indébita, corrupção privada no esporte e lavagem de capitais. Valores pagos pelo Corinthians a um intermediário eram repassados para outra empresa, tratada como laranja pelas investigações.
Entretanto, quando Augusto Melo é questionado sobre quais acusações sofre, ele mesmo diz que não há fundamento. "Isso que a gente quer atender. Por isso que exijo que realmente aconteça isso, para acabar. Contra minha administração não tem nada. Como não tem prova, não tem nenhum tipo de coisa...", disse e desconversou: "Eu trouxe mais de R$ 1,8 bilhão de receita para o Corinthians".
"Começam a alegar o impeachment por omissão. Mas omissão em quê? Se não tem nada. Começam a procurar pelo em ovo", criticou o presidente, que já havia apontado o pedido de impeachment ao fato de ter recusado chantagens, o que ele voltou a dizer na noite deste domingo.
Memphis chegou em setembro. O salário mensal seria de R$ 3,5 milhões, com vínculo até julho de 2026. Ainda com o repasse da patrocinadora, o Corinthians desembolsaria parte dos valores. Entretanto, a reportagem do ge, apontou que o montante seria acima do estimado, chegando a R$ 120 milhões.
Também seriam exigidos uma casa em condomínio fechado, um apartamento para seu assessor, segurança particular armada, dois carros blindados com um motorista particular cada, 24 passagens aéreas de classe executiva entre Brasil e Europa, um cozinheiro particular e um camarote (skybox) na Neo Química Arena.
O presidente Augusto Melo negou que o acordo chegue a esse valor e resumiu sua fala sobre o assunto a justificar que o "vazamento" foi uma tentativa de atingi-lo politicamente.