Baixa produção ofensiva escancara problemas dos centroavantes no Corinthians

Após a derrota para o Cuiabá, Timão chegou ao sexto jogo consecutivo sem marcar dois ou mais gols em uma partida

9 jun 2022 - 07h33

Na derrota por 1 a 0 diante do Cuiabá, pela décima rodada do Brasileirão, o Corinthians teve apenas nove finalizações. A baixa produção ofensiva contra o Dourado ajuda a entender porque o Timão tem a menor média de chutes por jogo do Brasileirão, 8,2, de acordo com o Footstats.

Jô foi flagrado em pagode enquanto o Timão era derrotado pelo Cuiabá(Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Jô foi flagrado em pagode enquanto o Timão era derrotado pelo Cuiabá(Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Foto: Lance!

O número chama atenção, tendo em vista que Vítor Pereira chegou sob a premissa que implantaria um estilo de jogo ofensivo, priorizando a posse de bola e pressão no campo do adversário.

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O poder ofensivo da equipe é um dos elos fracos do clube alvinegro neste ano. Em 2022, O Time do Povo teve o seu pior ataque em uma fase de grupos da Libertadores, com apenas cinco gols, superando a campanha de 1991, quando anotou sete gols.

Além disso, contra o Cuiabá, o Corinthians chegou ao sexto jogo consecutivo sem marcar dois ou mais gols em uma partida. A última vez em que o Timão balançou as redes duas vezes em um jogo foi no dia 14 de maio, no empate por 2 a 2 com o Internacional, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Dos 42 gols marcados pela equipe na temporada, 12 foram anotados por Róger Guedes, Jô e Júnior Moraes, os atletas que mais desempenharam a função de centroavante no time. Dessa forma, 28% dos gols do Corinthians no ano vieram dos pés dos três centroavantes.

Após a divergência pública entre Vítor Pereira e Róger Guedes, o treinador corintiano vem utilizando o camisa 9 de forma mais centralizada na ausência de Jô, mesmo o atleta tendo declarado publicamente o desejo de atuar como ponta pela esquerda.

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Róger está há nove partidas sem balançar as redes, sua maior seca no clube do Parque São Jorge, mesmo sendo titular nas últimas três ocasiões. A última vez que o atacante marcou foi na segunda rodada do Brasileirão, no dia 16 de abril, quando anotou um hat-trick diante do Avaí.

Antes de sofrer um trauma no pé esquerdo no empate por 1 a 1 com o Always Ready, Jô havia se consolidado no comando de ataque corintiano, perdendo peso para entrar em forma e reconquistando a confiança de Vítor após não aparecer em dois treinamentos no fim de março, enquanto tratava uma lesão na coxa esquerda.

Contudo, o camisa 77 decepcionou mais uma vez a comissão técnica e diretoria alvinegra ao ser flagrado em um pagode enquanto o Corinthians perdia para Cuiabá no Brasileirão. O caso se tornou ainda mais grave pois o atacante não compareceu ao CT Joaquim Grava no dia seguinte, e o atleta inclusive não justificou a sua ausência.

Em março, após o primeiro incidente de Jô, Vítor Pereira disse esperar uma conduta profissional do atleta, e que ele não poderia errar novamente.

- O Jô tem que aprender que é preciso conduta profissional. Jogador experiente, espero que ele tenha aprendido com a situação e não volte a acontecer. Costumamos dizer que na vida podemos errar, mas duas não podem acontecer - afirmou Vítor em março.

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Com Jô na berlinda e Róger Guedes tendo dificuldades para marcar, a terceira opção para a posição é Júnior Moraes. O atacante de 35 anos soma 546 minutos disputados, tem apenas um gol marcado e ainda não engrenou no Corinthians. Seu único gol foi na vitória por 2 a 0 contra a Portuguesa-RJ, pela terceira fase da Copa do Brasil.

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