Duas semanas após ter negado pedido de tutela antecipada para romper contrato com o Corinthians - e também com o São Paulo, por consequência -, Alexandre Pato abriu mão da ação contra os clubes na Justiça do Trabalho. A informação foi confirmada pelo advogado do jogador no caso, João Henrique Chiminazzo.
Isso significa que o juiz André Eduardo Dorster Araújo, da 61ª Vara do Trabalho, não deverá mais levar adiante o julgamento do processo, o qual estava marcado para 3 de setembro.
A decisão se dá depois de acordo de Pato com os dois clubes, na semana passada. O atacante havia recorrido à Justiça para receber vencimentos atrasados. No caso do Corinthians, dez meses de direito de imagem. Pelo São Paulo, o débito seria quanto ao recolhimento de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Dias depois de impetrada a ação, as dívidas foram quitadas.
Com base nisso, há duas semanas, o jogador buscou rescisão imediata, mas teve o pedido indeferido. Para o juiz, a Lei Pelé não aborda direitos de imagem, mas sim salário em carteira, tema que ainda seria melhor apreciado até setembro. Além disso, uma quebra de contrato poderia levá-lo a se transferir para qualquer outro time antes mesmo de julgado o processo.
Sem sucesso na primeira tentativa, Pato se viu forçado a cumprir seu contrato com o Corinthians - que detém seus direitos econômicos até 2016 - e também com o São Paulo, para o qual está emprestado até o final deste ano. No acordo, os dois clubes prometeram não repetir os atrasos.
A única alternativa para sair passa a ser, portanto, uma negociação. Recentemente, o presidente são-paulino, Carlos Miguel Aidar, disse ter conhecimento de duas propostas de clubes italianos. Se for do interesse corintiano vendê-lo, o São Paulo terá opção de cobrir ou não a proposta. Se não quiser comprá-lo, terá direito a porcentagem do valor da transferência.
Nesta semana, especulou-se na imprensa italiana que a Lazio teria voltado a se interessar por Pato. O atacante de 25 anos defendeu o Milan entre 2007 e 2012.