Tite nega nó tático em Muricy e elogia "pé de pano" Jadson

19 fev 2015 - 01h13
(atualizado às 07h51)

<p>Tite comemora vitória corintiana sobre São Paulo na Libertadores</p>
Tite comemora vitória corintiana sobre São Paulo na Libertadores
Foto: Rodrigo Gazzanel / Futura Press

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Cássio mal teve que trabalhar, o São Paulo sofreu para passar da intermediária ofensiva e o Corinthians sobrou nos contra-ataques, principalmente no segundo tempo. Mas o técnico Tite não considerou que a vitória por 2 a 0 nesta quarta-feira, pela Copa Libertadores, tenha sido um "nó tático" de sua parte sobre o rival Muricy Ramalho. O comandante corintiano minimizou o fato de o são-paulino ter surpreendido com uma equipe diferente e disse que não se pode analisar somente o resultado do clássico.

"Nós treinadores somos muito expostos. Se a gente faz e dá certo, é nó, senão, está errado. Não é assim. É muito fácil para mim falar isso. A gente se expõe, expõe até a nossa saúde. Com certeza eu e o Muricy queremos fazer o melhor, cada um tem sua forma", disse Tite, negando-se a responder se ainda há espaço no futebol moderno para artimanhas como fechas treinos e esconder escalações.

Nó tático? Tite explica vitória do Corinthians em clássico
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Ao contrário do que vinha treinando, Muricy escalou o São Paulo com três volantes (Denilson, Souza e Maicon) e apenas Ganso na ligação, mais Alan Kardec e Luís Fabiano na frente. O São Paulo teve maioria no meio-campo e controlou o setor com muitos passes, mas teve extrema dificuldade para se infiltrar na defesa corintiana. O resultado foi que Cássio foi um espectador durante a maior parte do jogo, enquanto o Corinthians apostava em contra-ataques e lançamentos velozes para assustar.

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Foi assim que o time da casa chegou aos dois gols, em ambos os lances contando com o brilho de Jadson: o camisa 10 deu o lançamento primoroso para Elias abrir o placar, e depois finalizou com categoria um contra-ataque puxado por Emerson. A atuação destacada do meia, que ainda se desdobrou na marcação, rendeu ainda um elogio inusitado de Tite.

Jadson fez um gol e deu uma assistência no clássico
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

"A gente divide as ações na frente, de criação, infiltração, e divide na hora de marcar, recompor. Nisso, tem hora que aparece Elias, Jadson, Renato, Emerson. Às vezes, um é assistente, o outro é finalizador. E ele (Jadson) tem pé de pano. O domínio dele tem uma qualidade muito grande. Tecnicamente, se tu abre um espaço...", disse o técnico, lembrando das vezes em que foi adversário do armador.

"Eu jogava contra o Jadson no São Paulo e falava: encurta o espaço dele e do Ganso, porque são os jogadores da articulação. Ele jogou no São Paulo e jogou bem, não vamos esquecer. Ele está em outra etapa profissional. Vocês também mudam de veículo e não perdem qualidade porque mudaram", avaliou, descartando que a boa exibição tenha sido uma resposta ao time que o deixou ir embora em troca de Alexandre Pato.

Fonte: Terra
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