Neymar, o caos perfeito é a série documental lançada nesta terça-feira, 25, pela Netflix com a trajetória do craque do PSG desde sua origem humilde até o estrelato. Nos três episódios de pouco mais de 50 minutos, cada, é possível ver a ascensão profissional do jogador, com imagens inéditas de bastidores, e o papel de Neymar pai na carreira do filho. Um dado, porém, deve saltar aos olhos do espectador.
Neymar reclama mais de 10 vezes de seus críticos e, contraditório, diz em duas situações a mesma coisa. “F*da-se o que vão pensar de mim!” Na verdade, ao longo dos episódios, ele deixa claro seu desconforto com as cobranças da imprensa pelo seu comportamento fora de campo. Acostumado às baladas e à rotina de celebridade, o craque afirma que ninguém tem o direito de questionar sua vida particular.
“Sou muito mais criticado do que merecia”, desabafa o jogador, logo no início do primeiro episódio, que trata de sua infância, repleta de dificuldades, e de sua projeção no Santos até ser negociado para o Barcelona, em 2013.
No decorrer da série, fica evidente também o protagonismo de Neymar pai, exaltado o tempo todo, por si próprio, pela condução da imagem do camisa 10 da Seleção brasileira. Cenas em que Neymar aparece com o filho Davi Lucca dão leveza à narrativa, que realça grandes jogos do craque pelo Barcelona e PSG e a inédita medalha de ouro do Brasil nos Jogos do Rio, em 2016, na qual foi decisivo.
O histórico de lesões, a acusação de estupro feita em 2019 pela modelo Najila Trindade, e cânticos ofensivos contra ele por parte de torcedores do PSG também compõem o enredo, assim como sua participação nas Copas de 2014 e 2018 e a fama de cai-cai que ganhou na última edição do torneio, na Rússia, quatro anos atrás.
“Não ligo para o que vão pensar de mim, do meu jeito, do modo como jogo. Sou um cara muito transparente, muito verdadeiro. Não ligo para os que falam ‘ah, o Neymar vai para a balada, que não sei o quê, blá-blá-blá’, Qual o meu desempenho? O que eu tenho de fazer? Não tô nem aí para o que você pensa. Meu irmão, tá p*to? Fica aí com teu ‘tá p*to’. Não vou deixar de fazer isso por que você quer.”