O Brasil sofreu nesta sexta-feira, diante da Colômbia, provavelmente o seu maior desfalque em Mundiais desde 1962 – quando Pelé teve estiramento na virilha e acabou cortado ainda na segunda partida do torneio. A joelhada de Zuñiga nas costas de Neymar – que fraturou a terceira vértebra lombar do craque verde e amarelo e o tirou da Copa -, porém, foi apenas o retrato de um jogo que a Seleção Brasileira ajudou a construir nas quartas de final. Sob a arbitragem do espanhol Carlos Velasco Carballo, a equipe verde e amarela fez muitas faltas e ditou o ritmo do jogo disputado na Arena Castelão.
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De acordo com estatísticas da Fifa, o Brasil cometeu 31 faltas no duelo diante dos colombianos. Este foi o maior número já registrado por uma seleção na atual edição da Copa do Mundo. O antigo recorde, curiosamente, também pertencia ao time comandado por Luiz Felipe Scolari, que fizera 28 infrações contra o Chile, nas oitavas de final. A Colômbia, por sua vez, também não deixou por menos e ouviu o apito 23 vezes. O jogo, então, teve 54 infrações – bem acima da média de 30 por partida e também número recorde do Mundial.
Seleção | Jogo | Faltas |
Brasil | x Colômbia | 31 |
Brasil | x Chile | 28 |
Suíça | x Argentina | 28 |
Bélgica | x EUA | 27 |
Holanda | x Chile | 26 |
Boa parte da responsabilidade pela “pancadaria” ocorrida em Fortaleza se deve ao árbitro Carlos Velasco Carballo. O espanhol se mostrou despreparado para comandar um jogo de mata-mata envolvendo duas seleções sul-americanas e não coibiu a violência quando ela começou a tomar conta do duelo.
No total, foram apenas dois cartões amarelos para cada lado - sendo que um deles, mostrado para Thiago Silva, só apareceu porque o zagueiro evitou a reposição de bola do goleiro Ospina.
Apesar de ter tido como consequência a perda de Neymar – que pode ser definitiva para o destino do Brasil na Copa –, tal estilo de jogo não prejudicou os comandados de Luiz Felipe Scolari na partida desta sexta. A Seleção usou as faltas para “picotar” o duelo e cadenciar a veloz Colômbia durante a maior parte do tempo.
Olhando para os números, brasileiros e colombianos correram pouco (menos de 100km, no total) e não trocaram muitos passes. A equipe canarinho só completou 265 de 369 toques, muito menos do que em qualquer outro jogo desta Copa, mas não apelou para os "chuveirinho", como contra o Chile. Além disto, teve mais posse de bola e finalizações que o adversário. Júlio César encerrou a partida sem fazer uma defesa sequer.
Compare os números da Seleção Brasileira:
- | Brasil 3 x 1 Croácia | Brasil 0 x 0 México | Camarões 1 x 4 Brasil | Brasil 1 (3) x (2) 1 Chile * | Brasil 2 x 1 Colômbia |
Posse de bola | 58% | 54% | 54% | 49% | 52% |
Passes completados/tentados | 433/566 | 352/476 | 373/486 | 393/574 | 265/369 |
Índice de acerto de passes | 77% | 74% | 77% | 68% | 72% |
Cruzamentos | 20 | 28 | 13 | 39 | 13 |
Finalizações | 14 | 14 | 18 | 23 | 12 |
Bolas perdidas | 85 | 77 | 76 | 116 | 79 |
Faltas | 5 | 13 | 19 | 28 | 31 |
Distância percorrida | 102.1 km | 97.3 km | 101.6 km | 136.3 km | 96.4 km |
*Jogo disputado em 120 minutos, por causa da prorrogação
Seleção | Média de Faltas por partida |
Costa Rica | 20.2 |
Brasil | 19.2 |
Holanda | 19 |
Uruguai | 18.5 |
Colômbia | 18.2 |
Partida | Rodada | Faltas |
Brasil 2 x1 Colômbia | Quartas de final | 54 |
Brasil 1 (3) x (2) 1 Chile | Oitavas de final | 51 |
Argentina 1 x 0 Suíça | Oitavas de final | 47 |
Austrália 2 x 3 Holanda | 2ª | 43 |
Japão 0 x 0 Grécia | 2ª | 41 |