Felipão e Larcamón lamentam violência no futebol

Técnicos se manifestaram após os jogos deste sábado, quando receberam a notícia da morte de um torcedor durante briga em Contagem

3 mar 2024 - 16h19
Reprodução redes sociais - Legenda: Um torcedor morreu e 3 ficaram feridos em briga em Contagem (MG)
Reprodução redes sociais - Legenda: Um torcedor morreu e 3 ficaram feridos em briga em Contagem (MG)
Foto: Jogada10

Os técnicos Felipão, do Atlético, e Nicolás Larcamon, do Cruzeiro, lamentaram a morte de um torcedor durante briga na tarde deste sábado (3/3), em Minas Gerais. O crime foi na Avenida Tereza Cristina, no bairro Jardim Industrial, em Contagem. Torcedores do Galo e da Raposa entraram em confronto durante a tarde. Assim, um cruzeirense de 28 anos morreu e três pessoas ficaram feridas.

A notícia manchou um dia que seria de alegria para ambos os times. Afinal, o Atlético derrotou o Ipatinga por 3 a 0 na Arena MRV, com gols de Rubens, Cadu e Battaglia. E o Cruzeiro venceu o Uberlândia por 2 a 0, com gols de Jamerson e Rafael Elias, no Mineirão.

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Porém, com mais um caso de violência no futebol, ambos os treinadores se manifestaram, lamentando a que ponto chegou o meio esportivo no Brasil.

Felipão reclama da 'facilidade' do uso de armas

"É um absurdo. Um jogo de futebol é apenas um jogo de futebol. Envolver polícia, briga, morte, eu acho um absurdo", disse Felipão.

O técnico do Galo também se queixou da banalidade com que os conflitos ocorrem hoje em dia. Afinal, durante a briga, torcedores foram baleados. Havia armas de fogo nas mãos dos criminosos.

"Parece que andar armado hoje é uma facilidade tão grande. As torcidas devem se respeitar. Não é uma guerra entre A ou B. É um jogo de futebol, pelo amor de Deus. Quem é que vai brigar ou se matar por causa de futebol? Ridículo", concluiu.

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Larcamón aponta violência em toda a América Latina

Da mesma forma que Felipão, Nicolás Larcamón também manifestou decepção pelo incidente.

"Nunca acho que a violência é o caminho, muito menos acho que a violência é o caminho para transmitir paixão, para vestir uma cor, para defender uma camiseta", disse.

Desse modo, ele transmitiu mensagem de pesar à família do morto.

"Hoje há uma família que chorará muito uma perda. Quero transmitir a minha condolência a essa família, não sei as cores que (a pessoa morta) vestia. Hoje as cores não importam", declarou, ainda sem saber por qual time a vítima torcia.

"Lamentavelmente, é a notícia (da morte) que entristece a nossa vitória", afirmou.

Larcamón também lamentou que a violência esteja se espalhando por vários lugares da América Latina.

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"Dói muito porque sinto que na América Latina esse tipo de notícia continua demonstrando que culturalmente estamos confundindo um jogo, que envolve paixão, mas não é de vida ou orte. Estamos lutando em uns níveis de violência que, lamentavelmente, são próprios de todas as culturas. Aqui no Brasil, em qualquer país perto daqui, também tem essas situações tristes", concluiu.

Após a briga, a Polícia Militar prendeu dois suspeitos.

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