Nem o mais avoado torcedor de futebol arrisca dizer que o Vélez Sarsfield vai golear o Flamengo no Maracanã, na quarta (7), e eliminar o time carioca da Libertadores. Por isso, esperava-se que o Rubro-Negro enfrentasse o Ceará, nesse domingo (4), com a força máxima, pela 25ª rodada do Brasileirão. Ainda mais depois do tropeço do Palmeiras no dia anterior, quando empatou por 2 a 2 com o Bragantino.
Uma vitória do Fla sobre a equipe nordestina diminuiria para cinco pontos a diferença que o separa do Palmeiras na briga pelo título nacional. Mas o empate por 1 a 1 se deu em parte por causa da decisão de Dorival Jr em escalar os reservas, com exceção da zaga, do goleiro Santos e de Gabigol. Sem criatividade, até porque Arrascaeta e Everton Ribeiro não estavam em campo, o Fla foi facilmente contido pela retranca do adversário.
Com 20 minutos de jogo, já dava para perceber uma apatia atípica do Flamengo, com atuação muito ruim de Diego, Victor Hugo, Everton Cebolinha e Marinho. Mas Dorival preferiu esperar o intervalo para promover mudanças. O problema é que antes disso o Ceará abriria o placar, com gol de Jô num rápido contra-ataque.
Com a entrada de Everton Ribeiro, Pedro e Vidal, o Fla voltou a ser o Fla dos últimos meses e o empate surgiu numa bola que Gabigol completou de cabeça. Aliás, diga-se de passagem, o atacante teve sua parcela de culpa no resultado ruim. Descontrolado, peitou o árbitro, deu socos na bola, “sapateou” no gramado. Deu um espetáculo neuro-circense. Demorou a ser expulso, já nos acréscimos do segundo tempo.
Aqui, acrescente-se mais um erro de Dorival Jr nesse jogo. Deveria ter substituído Gabigol, quando todo mundo que via a partida sabia que ele receberia o cartão vermelho mais cedo ou mais tarde. Mas não tomou a iniciativa, sabe-se lá por que motivos. A torcida que lotou de novo o Maracanã saiu de lá frustrada. Dois pontos jogados fora e a sensação de que o Flamengo realmente não está nem aí para o Brasileirão já faz algumas semanas.