A derrota por 2 a 1 para o lanterna do Brasileiro, o Fortaleza, nesse domingo (5), no Maracanã, não surpreende quem tem acompanhado os jogos do Flamengo na temporada. As últimas vitórias seguidas no Rio (contra Universidad Católica, Goiás, Sporting Cristal e Fluminense) não foram convincentes. Longe disso. O time atuou mal e prevaleceram nessas partidas o fator sorte e o talento de alguns de seus jogadores.
Na verdade, o que todo torcedor do Flamengo sabe, e seus dirigentes também, é que Paulo Sousa não aprovou, perdeu o rumo e não tem como dar certo no clube. O time não tem nenhum padrão de jogo, parece um bando em campo. Falta a mínima organização tática. Falta também a liderança do treinador para ser respeitado pelos próprios atletas.
A situação tende a se gravar pelos desdobramentos das declarações de Paulo Sousa após o fracasso contra o Fortaleza. Ele atribuiu o resultado a falhas individuais de sua equipe. Sim, isso pesou no placar. Mas quem viu o jogo com o olhar menos tendencioso não tem como negar que o Flamengo foi dominado pelo adversário e se livrou de ser goleado no Maracanã pelo time de pior pontuação no campeonato.
No primeiro tempo, se os atacantes do Fortaleza tivessem caprichado nas finalizações, não seria irreal que os visitantes fossem para o vestiário, no intervalo, com vantagem de três gols. Pedro perdeu um pênalti na segunda etapa, ok. Porém, o Fortaleza continuou criando chances nos contra-ataques e também deixou de marcar em pelos menos duas situações claras de gol.
As vaias ao final para Paulo Sousa e os dirigentes do Flamengo repetiram o que se viu (e ouviu) nos jogos anteriores no Maracanã. A diferença agora é que foram mais intensas. A pressão aumentou e a cobrança vai se acentuar ainda mais. Manter o técnico, que já comprou briga também com o goleiro Diego Alves, aumenta o risco de a temporada rubro-negra terminar num fiasco histórico.
