Um dia depois de ser alvo de uma operação que investiga a possível manipulação de resultados de jogos, Bruno Henrique foi escalado como titular e recebeu a faixa de capitão do Flamengo. O atleta liderou o time no jogo contra o Cruzeiro na noite desta quarta-feira, 6, no Estádio Independência, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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No jogo de ida da final da Copa do Brasil, último antes da polêmica, o atacante estava suspenso e Gerson foi o capitão da equipe comandada por Filipe Luís. Na ausência do volante, assim como hoje, Bruno Henrique costuma usar a braçadeira.
Antes do apito inicial, o técnico flamenguista explicou a permanência do camisa 27 entre os titulares e demonstrou confiança no atleta.
“Partimos da presunção de inocência. Ele diz que é inocente. O STJD já arquivou o caso. Ele não deve nada a ninguém. Ele quis jogar. Está bem e com a cabeça boa. Confiamos nele”, disse Filipe Luís ao SporTV.
A acusação em questão sugere que o atacante do Flamengo forçou um cartão amarelo em uma partida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro, em 1º de novembro do ano passado, para favorecer parentes e um outro grupo que ainda está em apuração.
Na manhã de terça-feira, 5, mais de 50 policiais federais e seis membros do GAECO/DF cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em endereços em Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG), Ribeirão das Neves (MG) e Rio de Janeiro (RJ), incluindo a casa do jogador.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já havia arquivado o caso contra Bruno Henrique. Segundo o Tribunal, o relatório da Sportradar “não identificou irregularidades no momento da partida” e apontou que “não há indício de proveito econômico do atleta, uma vez que os eventuais lucros das apostas reportados no alerta seriam ínfimos, quando comparados ao salário mensal do jogador”. Por isso, o caso foi arquivado no “âmbito da Justiça Desportiva”.
O Flamengo, por sua vez, afirmou que apoiará as autoridades e reforçou a confiança em Bruno Henrique, que segue envolvido nas atividades do elenco.
