Em crise, o time, o pressionado técnico Paulo Sousa e a diretoria do Flamengo vão encontrar nesta terça (17) um ambiente totalmente hostil no Maracanã. São dois desafios que a equipe terá de superar: a Universidad do Chile e a revolta de parte da torcida, que promete protestar e pedir a saída de dirigentes e do treinador português.
Embora o campeonato seja outro, dessa vez pela Libertadores, em que precisa apenas de um empate para avançar de fase, o Flamengo levará para campo toda pressão pela situação incômoda no Brasileirão, a um passo da zona de rebaixamento.
O questionamento ao trabalho de Paulo é proporcional à insatisfação dos rubro-negros com o futebol exibido e a ausência de bons resultados. A última vez que o Flamengo ficou quatro jogos sem vencer no Brasileirão foi em novembro de 2020, quando o técnico Domènec Torrent foi demitido.
O Flamengo sofre com o pior começo de Brasileirão desde 2015, quando somou quatro pontos em seis rodadas. Atualmente, a equipe tem seis, em seis jogos, com saldo zerado de gols – fez seis e levou seis. Venceu apenas um duelo.
Até a estatística joga contra: nenhum campeão brasileiro na era dos pontos corridos perdeu tantos pontos no início da competição. Por outro lado, apesar do clima de tensão, o Flamengo está em situação confortável no Grupo H da Libertadores.
A dois jogos do fim da etapa de grupos, ambos no Rio, o time, líder isolado com 10 pontos, precisa apenas de um empate para carimbar vaga nas oitavas.
Mal no Brasileirão e bem na Libertadores. Este é o antagônico Flamengo, que entrará em campo nessa terça-feira buscando a vitória e, de quebra, uma trégua com a torcida.