Internamente, o Flamengo já tem opinião unânime de que a contratação do técnico Paulo Sousa foi um equívoco. Esse é o primeiro problema dos dirigentes rubro-negros no momento. O outro é saber como se livrar do treinador português. Há questões que falam além da multa de R$, 7,7 milhões por rescisão de contrato.
Um tema em debate na diretoria do Flamengo nos últimos dias é a repercussão internacional de uma demissão precoce de Paulo Sousa, depois de o técnico ter largado a seleção da Polônia, que acabou se classificando para o Mundial do Catar, a fim de viver nova experiência no clube carioca.
O temor é de que o gesto queime a imagem do Flamengo no exterior, principalmente com os técnicos estrangeiros. De certo modo, isso já se deu, em menor escala, com o afastamento de Domènec Torrent, em 2020 do comando da equipe.
O caso de Paulo Sousa é mais delicado. Se ele tivesse permanecido na seleção polonesa, estaria com farta visibilidade assegurada na Copa do Mundo. A Polônia tem tudo para quebrar uma escrita de 36 anos e conseguir passar da fase de grupos na competição. A última vez que isso ocorreu foi em 1986.
Desde então, acabou eliminada na primeira fase nas Copas de 2002, 2006 e 2018. Não disputou as de 1990, 1994, 1998, 2010 e 2014. Agora, está no Grupo C, ao lado de Argentina, México e Arábia Saudita. Possivelmente, vai brigar pela segunda vaga com os mexicanos.