A chegada de Renato Gaúcho pode servir de alento para a torcida do Flamengo, depois de uma produção inconstante do time sob o comando de Rogério Ceni. A volta de Gabigol e Everton Ribeiro, que estavam na Seleção, também. Mas ainda assim há uma dúvida no ar sobre como a equipe vai se comportar nessa quarta (14), em jogo contra o Defensa Y Justicia, na Argentina, pelas oitavas de final da Libertadores.
A partida tem caráter decisivo. Um tropeço do Flamengo pode deixá-lo sob forte pressão para reverter a eventual vantagem argentina na semana que vem, no Maracanã. Não está nos planos de sua diretoria, longe disso, uma eliminação tão precoce na Libertadores – sair nas oitavas seria o agravamento da crise que acomete o Rubro-Negro e teria consequências que atingiriam a saúde financeira do clube.
Há de se considerar que o desempenho ruim nas últimas partidas, incluindo o da vitória desse domingo sobre a Chapecoense por 2 a 1, no Rio, tem muito a ver com desfalques e o momento turbulento da comissão técnica até dois dias atrás sob as ordens de Ceni. Mas é de se notar que o time perdeu em padrão de jogo e parece meio bagunçado taticamente.
Acrescente-se a isso a falta que Gérson faz – foi negociado para o Olympique de Marselha. Sem ele, e agora ainda com a ausência de Diego Ribas, afastado por causa de lesões musculares, o Flamengo perde muita consistência no meio de campo. Para compensar um pouco esse duplo baque, Arrascaeta já deu o ar da graça, liderando a reação contra a Chapecoense.
No entanto, não se pode comparar hoje o Defensa Y Justicia com o time da cidade de Chapecó, muito embora o adversário da Libertadores venha fazendo um péssimo campeonato argentino.