O que era impensável até 2019, com eliminações precoces e vexames em sequência, virou uma situação corriqueira, com vitórias e classificações em primeiro lugar. O milionário Flamengo mudou de patamar na fase de grupos da Libertadores. Hoje, contra o Talleres, na Argentina, o time defende invencibilidade de 12 jogos nessa etapa que antecede às oitavas.
São nove vitórias e apenas três empates nesses 12 duelos, um aproveitamento de 83%. Ou seja, neste recorte, não perde há quase dois anos. Aliás, desde 2019, a equipe só tem avançado em primeiro. Se ganhar do rival portenho, carimba a classificação e praticamente a liderança do Grupo H com duas rodadas de antecedência.
A última derrota do clube na disputa de grupos da Libertadores foi em setembro de 2020, sob o comando técnico de Domènec Torrent, contra o Independiente del Valle (EQU). Na ocasião, inclusive, o Rubro-Negro sofreu goleada histórica: 5 a 0, no Equador.
Desde 2019, após a conquista da Libertadores, grande parte da torcida tem considerado como obrigação o time vencer e convencer. Mesmo fora de casa. Vide a onda de reclamação dos torcedores nas redes sociais após o triunfo por 3 a 2 sobre a Universidad Católica, na semana passada, no Chile.
Muitos criticaram a atuação do time, especialmente no setor defensivo, que deu espaço demais ao rival e ainda anotou dois gols contra. A sensação no clube é que a exigência aumentou, efeito colateral da mudança de patamar.