Um vídeo que circula pelas redes sociais dá a dimensão da hostilidade com que o presidente Jair Bolsonaro foi recebido na noite dessa quarta (7) no Maracanã, onde assistiu à vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Vélez Sarsfield, pela Libertadores. Em coro, ele teve de ouvir um cântico ofensivo por alguns segundos.
Muitos políticos já passaram pelo mesmo dissabor no estádio carioca. O dramaturgo Nelson Rodrigues dizia muitos anos atrás que o Maracanã tinha uma vocação natural para a vaia. Em julho de 1967, por exemplo, durante um jogo entre Botafogo e America, houve um minuto de silêncio em homenagem ao general Castello Branco, que morrera na véspera.
Mas até naquela deferência ao ex-presidente as vaias ecoaram da arquibancada à vizinhança do Maracanã. Anos depois, João Figueiredo, também no posto máximo do País, era alvo de manifestações semelhantes no estádio.
Mais recentemente, Lula não foi poupado de vaias quando da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos, em 2007. Já em 2014, Dilma Rousseff teve de lidar com reação igual do público no instante em que entregava a taça de campeã do mundo para a seleção da Alemanha.