Presidente da La Liga coloca realização do Mundial de Clubes de 2025 em xeque

Javier Tebas deixa claro que a Fifa tem tido dificuldade para arrecadar fundos e cumprir as promessas financeiras aos clubes

30 out 2024 - 12h30
Foto: Arnold Jerocki/Getty Images For Sportel - Legenda: Javier Tebas volta a criticar a Fifa pela realização do Super Mundial de Clubes / Jogada10

O presidente de La Liga, Javier Tebas, voltou a criticar a realização de um Super Mundial de Clubes no meio do ano que vem. Nesse sentido, o dirigente deixou claro que a Fifa tem tido dificuldade para arrecadar fundos e cumprir as promessas relacionadas às quantias que seriam pagas aos gigantes europeus para participar do torneio.

"Não estou seguro de que se disputará. As questões econômicas não parecem ter sido resolvidas para dar aos clubes o prometido. E se a Fifa conseguir, terá que explicar como. Parece que prometeram entre 40 e 50 milhões de euros aos grandes clubes europeus envolvidos. Sabendo que não têm o dinheiro esperado e que todos estão contra esta competição, a Fifa deveria desistir dela", afirmou em entrevista ao jornal "L'Équipe".

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Possíveis impactos físicos

Recentemente, o mandatário fez um pedido a Gianni Infantino, presidente da Fifa, que desistisse de realizar a competição. A principal crítica é em relação ao inchaço que renderia ao calendário de torneios no futebol europeu na próxima temporada. Além disso, citou que a competição pode trazer impactos físicos para os atletas com o aumento na quantidade de partidas.

Dessa forma, Tebas afirmou que não entende como a Associação de Clubes Europeus deu apoio à competição. Ele também criticou Infantino por não levar em conta os impactos que a Fifa pode estar causando nas carreiras dos jogadores.

"Se a Fifa seguir se comportando como faz com este Mundial de Clubes, está se colocando em perigo. A Fifa está fazendo mal uso dos recursos à sua disposição. Não atua pelo bem do futebol em geral",  comentou.

"Escuto o que dizem os jogadores. O Mundial de Clubes não só prejudica os jogadores de elite, mas todos os outros. Afeta duas temporadas, a que termina e a que começa. Por fim, isto coloca em perigo a saúde física e mental dos participantes. E afeta o valor das competições nacionais, o que afeta a todos os jogadores", explicou.

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