Afinal, qual é o Flamengo de Paulo Sousa: o da Libertadores ou o do Brasileirão? O que faz boa campanha no principal torneio da América do Sul é o que todos no clube desejam. Mas a tabela do campeonato nacional mostra uma equipe milionária em situação incômoda e inesperada de flertar com o perigo, a um passo da zona de rebaixamento.
Esse Flamengo com o qual o torcedor se contenta venceu por 3 a 0 a Universidad Católica, do Chile, nessa terça-feira (17), no Maracanã, numa noite tensa, com protestos contra dirigentes e o técnico Paulo Sousa por causa do desempenho no Brasileirão.
Não há motivos para reclamação na Libertadores: o time segue invicto, garantiu a primeira colocação no Grupo H e, de quebra, a classificação para as oitavas com uma rodada de antecedência. A tranquilidade que deveria advir desse resultado, pelo menos por alguns dias, não existe.
Tudo por conta do rendimento no Brasileirão, que fez o triunfo contra a Universidad não aliviar a pressão sobre o técnico Paulo Sousa. Ele passou pelo teste, mas ainda faltam mais quatro, todos no Maracanã: contra Goiás, Sporting Cristal (PER), Fluminense e Fortaleza, nessa sequência. E ele sabe que qualquer tropeço pode custar seu cargo.
O próximo compromisso é pelo Brasileiro, sábado, contra o Goiás. Se não vencer, o time dificilmente não entrará na área de descenso. E aí todo mundo pode esquecer a boa trajetória na Libertadores e a promessa de melhora. Vão retornar, com força, as vaias e os pedidos de “volta, Jorge Jesus”.