Dois torcedores do Flamengo que retornavam da final da Libertadores em Montevidéu para o Rio de Janeiro relataram um suposto caso de racismo em uma churrascaria de Santa Catarina. Ao jornal "O Globo", o analista Sidnei Máximo e o cantor Gerson Mello contaram que foram barrados no restaurante supostamente por falta de comida, mas que colegas do mesmo ônibus estavam no local.
"Duas pessoas que organizaram o evento desceram do ônibus e confirmaram que tinha lugar e era um local confortável. Então elas entraram para se servir. Quando eu e meu amigo fomos para a porta do restaurante, o funcionário fechou a porta e disse: "Só um minuto que vou ver se tem vaga e refeição para todos". Falou que não tinha e ainda ligou para a polícia ", contou Sidnei Máximo.
Em vídeo compartilhado nas redes sociais, a dupla mostra a confusão dentro do restaurante, com oficiais da Polícia Federal e um funcionário do estabelecimento. Na gravação também é possível ver mesas vazias e algumas pessoas comendo.
"As pessoas que estavam lá dentro disseram que o buffet estava cheio. Pedi para entrar, ele fechou a porta e não deixou. O policial falou que não podia porque era um estabelecimento privado. O espanto dele (funcionário) não foi o grupo. Tinha mais dois ônibus lá, e as pessoas estavam se alimentando. Depois ele falou que ia encher. Todos os argumentos não condizem", explicou Gerson Mello.
Em nota, o restaurante disse que já tinha fechado o estabelecimento e não estava esperando receber mais um ônibus de torcedores. A churrascaria também afirmou que o não houve discriminação racial na confusão.
"Fomos pegos de surpresa, quando o ônibus parou na frente do estabelecimento e alguns passageiros, sem educação alguma, já foram abrindo a porta do estabelecimento que estava encostada e foram adentrando e automaticamente se servindo, sem sequer pegar a comanda. Já tínhamos atendido 2 ônibus, quando chegou o terceiro com esses passageiros alterados. Não teve nenhum ato de racismo contra eles", afirmou a churrascaria.