O técnico Fernando Diniz concedeu coletiva de imprensa após a derrota de virada para o Atlético-GO por 2 a 1. Com nove jogos, uma vitória e cinco derrotas, o Tricolor entrou de vez na zona de rebaixamento e a torcida protestou com vaias após novo revés. O técnico comentou sobre este fato.
— Se a torcida me xingar e vaiar o time do início ao fim, ela está certa. Nós não temos entregado o que eles merecem. A torcida do Fluminense precisa de mais. Tenho uma frustração em não entregar o que eles merecem. Eu tenho um carinho enorme por eles e sei o que precisa. Sei o que estou fazendo. O nosso jeito de jogar está sendo questionado porque estamos com resultados ruins.
A torcida também se mostrou impaciente com o estilo de jogo adotado pelo Tricolor. O toque de bola, por vezes improdutivo, tem se tornado um fato negativo nas partidas do Fluminense. Diniz analisou sobre este problema:
— O sistema de jogo é atual desde 2022. Não é atual, é o que a gente joga. Tem outros elementos acontecendo. A gente está aprendendo a conviver com as coisas que a gente conquistou ano passado. A Libertadores, este ano conquistamos a recopa. Neste momento, o time está oscilando muito para baixo. A gente tem que trabalhar em todas as frentes para achar o prumo, a melhor maneira de encarar esse momento é reconquistar a confiança com os treinamentos e os jogos — Disse Diniz, que ainda elucidou o desempenho do time durante a partida:
— A gente fez uma partida abaixo na criação. Estava seguro defensivamente. A gente não tinha sofrido nada no primeiro tempo. O principal motivo é a queda de confiança que o time tem pelos resultados adversos. Todo mundo querendo acertar e a gente errando tecnicamente muita coisa que o time não costuma errar. E se a gente erra muito passe, o time não consegue criar situação de gol. A gente já está trabalhando nisso para que os jogadores tenham um pouco mais de confiança para poder passar por esse momento. A parte que mais confio é na capacidade de o time se juntar e fazer coisas difíceis.
Por fim, o técnico comentou sobre a confusão que aconteceu após Felipe Melo empurrar o assessor de imprensa do Atlético-GO enquanto comemorava o gol marcado no último minuto.
— O Felipe é um cara que tenho relação positiva. Tenta defender o clube. Eu não vi o lance. Se ele errou, algo que pode ter acontecido, mas é um cara que veste a camisa do Fluminense de corpo e alma. É saber colocar a cabeça no lugar. Normal ter falta de confiança quando o resultado adverso vem, quando a torcida não está satisfeita começa a vaiar. É uma oportunidade de as pessoas e os times crescerem e a gente está trabalhando para que aconteça.
Agora, o Fluminense se prepara para enfrentar o Cruzeiro, fora de casa, na próxima quarta-feira (19), às 21:30, pela décima rodada do Brasileirão.