Com novas eleições para a presidência da Fifa marcadas para o período entre dezembro de 2015 e março de 2016 após a renúncia de Joseph Blatter , alguns candidatos já mostraram interesse em concorrer ao cargo. O ex-jogador francês David Ginola e o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, foram os primeiros a se manifestar sobre o assunto, se colocando à disposição para assumir o posto.
Ginola manifestou interesse em participar das eleições realizadas em maio, mas não conseguiu o apoio mínimo de cinco federações - requisito necessário para oficializar a candidatura à presidência. Com a saída de Blatter, a emissora britânica BBC divulgou que o francês quer arriscar a tentativa mais uma vez.
Já o príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein concorreu ao posto com Blatter na última semana e foi derrotado no primeiro turno por 133 votos a 73. Sem ver a necessidade de disputar um segundo turno, reconheceu a vitória do concorrente. Porém, após a renúncia, declarou estar à disposição para ocupar o cargo de presidente em busca de mudanças no futebol .
"Foi uma campanha muito difícil por diversos motivos, mas estou à disposição porque acho que é a melhor maneira de mudar. Acho que precisamos ajudar o futebol e ajudar o mundo", disse em entrevista à emissora CNN.
O príncipe também revelou estar em diálogo com o holandês Michael van Praag, que desistiu da candidatura à presidência a menos de um mês das eleições, para discutir o futuro das próximas Copas do Mundo. Sediados por Rússia e Catar, os eventos têm levantado polêmica pela quantidade de denúncias sobre a condição dos trabalhadores envolvidos nas obras para os torneios, além das posições dos próprios países no que diz respeito aos direitos humanos.
"Precisamos respeitar os direitos humanos, e quando temos alguém como Sepp Blatter, que não é exatamente preocupado com isso, temos um problema. Tenho trabalhado muito com meus colegas e Michel van Praag para trazer este assunto à tona, temos uma responsabilidade com o mundo", afirmou.
Figo ainda não sabe se concorrerá
O ex-meia Luis Figo, que chegou a ser candidato à presidência da Fifa, mas desistiu dias antes do pleito da última semana, demonstrou toda a sua satisfação com a renúncia do suíço Joseph Blatter, reeleito na última sexta-feira para um quinto mandato, mas não deixou claro se voltará a tentar ser o mandatário da entidade máxima do futebol mundial.
"Um dia bom para a Fifa e para o futebol. A mudança está finalmente chegando. Como disse na minha declaração de sexta-feira: o dia podia tardar, mas chegaria. Ele aí está!.Devemos agora, de forma responsável e serena, procurar uma solução consensual em todo o mundo para que comece uma nova era de dinamismo, transparência e democracia na Fifa. Estou disponível para contribuir para um futebol mais transparente e democrático, mas depende das oportunidades, do momento e dos apoios", manifestou.
Com informações da EFE