A mudança já prometida pela Fifa havia vários anos enfim se consolidará no Mundial de 2026, que será realizado nos EUA, México e Canadá. O número de seleções na competição saltará de 32 para 48, com 12 grupos de quatro equipes na fase inicial.
Classificam-se para o primeiro mata-mata as duas melhores de cada chave e mais as oito mais bem pontuadas que terminarem em terceiro lugar. Ou seja, a fase inicial vai decretar um disparate técnico jamais visto num Mundial.
Imaginem um grupo com Brasil, uma seleção europeia do segundo escalão, como Grécia ou Finlândia, e, hipoteticamente, Jamaica ou El Salvador, e Nepal ou Ilhas Fiji. Agora, adivinhem se a Seleção cinco vezes campeã do mundo passaria ou não de fase.
Tudo bem que ganha dimensão cada vez mais o discurso de que “não existe mais bobo no futebol”. Mas, sejamos francos, se o Brasil não avançar para a segunda fase – na verdade um mata-mata que reunirá 16 grupos com duas seleções -, nós é que seremos os bobos do futebol.
Há, no entanto, um lado positivo nisso tudo. A possibilidade de os artilheiros se deleitarem na competição é real. Muito provavelmente, 2026 marcará o aumento da média de gols do Mundial, em que pese o maior número de jogos. Goleadas históricas serão previsíveis.