Apenas uma semana depois de a Coca-Cola ameaçar romper seu acordo comercial com a Fifa devido à crise de corrupção na entidade, outro grande patrocinador da federação internacional pediu mudanças imediatas nos estatutos. O CEO da empresa de cartões de crédito Visa, Charlie Scharf, atacou o órgão comandado por Sepp Blatter em uma conferência da companhia.
De acordo com o jornal The Guardian, Scharf afirmou que a Fifa "não está correspondendo aos padrões esperados" e tem mostrado "respostas totalmente inadequadas" ao escândalo que causou a prisão de vários dirigentes na Suíça, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Scharf também criticou a atitude de Blatter de se manter como presidente até que novas eleições sejam feitas em fevereiro do ano que vem. Segundo o executivo, "nenhuma reforma pode ser feita sob a liderança atual da Fifa", e "uma comissão independente, com líderes imparciais, é essencial" para promover mudanças nas estruturas da entidade.
Atualmente, o principal nome para liderar as reformas prometidas por Blatter é Domenico Scala, chefe do comitê de auditoria da Fifa. Porém, o presidente da Uefa, Michel Platini, um dos favoritos para suceder Blatter na entidade máxima do futebol, seria a favor da indicação de alguém com menos ligações com a federação para o cargo.