A proposta de realizar testes contra coronavírus nos jogadores para acelerar a retomada do Campeonato Alemão foi criticada por uma importante autoridade. Nesta terça-feira, o vice-presidente do Instituto Robert Koch, o centro nacional de controle de doenças do país, Lars Schaade, declarou que os atletas não deveriam realizar os exames em detrimento de outras parcelas da sociedade.
Os organizadores da liga alemã trabalham com a possibilidade de fazer os testes para voltar com o campeonato, ainda que com os portões fechados, em maio. "Não entendo por que certas parcelas da população devem ser rotineiramente rastreadas", disse Schaade, afirmando preferir que os testes sejam focados em pessoas que apresentem sintomas ou que estão ligadas ao surto do vírus.
Os clubes estão ansiosos para retomar o Campeonato Alemão para minimizar as perdas financeiras, mas há um cenário de oposição política, embora os governadores da Renânia do Norte-Vestfália e da Baviera tenham defendido a retomada do futebol em 9 de maio, e até de torcedores.
Ainda assim, o futebol alemão parece ser o que está mais próximo de ser retomado entre as principais ligas europeias. Uma reunião para discutir o tema, que ocorreria na semana passada, foi adiada para esta quinta-feira. Mas os clubes já retomaram os treinos, ainda que em pequenos grupos por causa das regras de distanciamento social. E o próprio começou, ainda que lentamente, a reduzir as restrições.
Porém, quando se tentou jogar sem torcida, houve problemas. Em 11 de março, o Borussia Mönchengladbach venceu o Colônia por 2 a 1, em casa, sem a presença de público, mas torcedores foram aos arredores do estádio. Dois dias depois, o Campeonato Alemão foi suspenso.