Em entrevista concedida em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, na última segunda-feira, o presidente da república Jair Bolsonaro falou sobre o possível retorno do futebol no país. Por causa da pandemia do coronavírus, as competições estão paralisadas desde o mês de março, mas de acordo com o chefe do executivo há uma movimentação para a retomada das atividades.
O presidente afirmou que é favorável ao retorno do futebol, além de revelar que tem dialogado com autoridades do esporte: "Se depender do meu voto, eu aprovo. Logicamente, com parecer técnico do Ministério da Saúde. Que acho que será favorável. Começar a realizar os treinamentos. Começar, em um primeiro momento, com portões fechados".
"No que depender de nós, vamos fazer as coisas com bastante responsabilidade, com parecer do Ministério da Saúde. Já fui procurado por autoridades do futebol. Está sendo trabalhado neste sentido aí", completou Bolsonaro.
Jair Bolsonaro se diz preocupado com a situação financeira dos clubes, que têm diversos prejuízos com a paralisação: "Flamengo e Palmeiras têm folha (de pagamento) próxima de R$ 15 milhões de reais. Times da segunda divisão, uma parte vai ser extinta. Me parece, conforme consta, que estão fazendo acerto para ganhar 60%, 50%, 40% do que ganha. Porque não tem receita, não tem imagem, não tem televisão. Bilheteria, não vai ter mesmo. É uma preocupação. O pior, não vai ser o vírus. Vai ser o pós-vírus, com destruição dos empregos".
A decisão de autorizar a volta do esporte passa por diversos segmentos, como secretarias, clubes e federações, por exemplo. Para o chefe do executivo, alguns nomes dessas entidades estão de acordo com o seu pensamento: "O Marcelo, secretario de Esporte, conversei com ele hoje. Demos mais um passo nesse sentido (pelo retorno das atividades esportivas no país). Amanhã, devemos conversar novamente".
"Eu conversei com um técnico de futebol neste fim de semana, do Rio Grande do Sul. Ele foi favorável em um primeiro momento a não ter jogos, pela aglomeração nos vestiários. Muita gente. Agora, é favorável. É só você não deixar tanta gente no vestiário", concluiu o presidente.