Bom Senso comemora avanço da MP e busca mais pressão popular

26 jun 2015 - 15h01

O Bom Senso FC, movimento dos jogadores brasileiros em busca de mudanças no futebol nacional, comemorou a vitória obtida na última quinta-feira. O relatório da MP do futebol foi aprovado na Comissão mista que analisava o texto sem as propostas sugeridas pela Bancada da Bola, que exigia mudanças em pontos fundamentais da medida.

O relatório aprovado agora vai para votação na Câmara e no Senado. Para os membros do Bom Senso ouvidos pela reportagem do Terra, a aprovação é uma grande vitória pelo fato de a Bancada da Bola, grupo de políticos ligados à CBF, não ter tanto controle na Câmara e no Senado em comparação com a comissão mista que aprovou o texto.

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A grande luta agora é contra o tempo. A MP tem até o dia 17 de julho para ser aprovada. Depois desse período, ela perde a força de lei.

Bom Senso vê menos controle da Bancada da Bola na Câmara e no Senado do que em Comissão
Bom Senso vê menos controle da Bancada da Bola na Câmara e no Senado do que em Comissão
Foto: Divulgação

Uma das armas do Bom Senso para acelerar a votação é a pressão popular. O grupo lançou na última semana site o mp671.com, onde o torcedor podia mandar um email para todos os parlamentares envolvidos na Comissão da MP pedindo que ela fosse aprovada sem as mudanças propostas pela Bancada da Bola. Na visão do movimento, a campanha foi um sucesso, com deputados e senadores comentando com o grupo sobre o volume de cobrança que vem recebendo nos últimos dias.

A questão do tempo é também o principal ponto de debate entre os dois lados. Membros da Bancada da Bola e da CBF criticaram a aprovação do relatório sem a presença de alguns parlamentares, que chegaram atrasados à sessão. O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, chegou a dizer que o modo como ele foi aprovado é “espiritual”.

pós 15 minutos do horário marcado, o senador Sérgio Petecão, presidente da Comissão, abriu com o plenário vazio, mas mesmo assim abriu votação para aprovação do relatório. Como não houve votos contrário, a sessão foi encerrada com o documento sendo aprovado para entrar na pauta da Câmara dos Deputados.

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Fernandinho mostra indiferença por ausência de Del Nero
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Logo depois, integrantes da Bancada da Bola, liderados pelos deputados Marcelo Aro, diretor de Ética e Transparência da CBF, e Vicente Cândido, que é sócio do atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, entraram no plenário e rebateram a postura de Petecão.

A esperança do grupo então passou a ser derrubar a votação. Eles recorreram ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para tentar anular a aprovação do relatório, mas a decisão foi mantida por Petecão. Até o fechamento da reportagem nenhuma medida foi tomada para revogar a decisão.

Os políticos próximos da CBF recorreram a Eduardo Cunha, presidente da Câmara, para tentar anular a aprovação do relatório, mas a decisão foi mantida por Petecão. Até o fechamento da reportagem, nenhuma medida foi tomada para revogar a decisão.

Na visão do Bom Senso, a atitude não passa de uma tentativa de “melar” a aprovação da MP. O movimento vê na postura da Bancada da Bola uma manobra para forçar o texto atual a perder o prazo e assim evitar as principais mudanças propostas na medida. Entre os pontos mais polêmicos da MP estão a limitação das reeleições nas federações e a regulamentação do fair play financeiro sem o controle da CBF.

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“Certamente a CBF não está feliz com o texto do relatório e tem o direito democrático de contestá-lo no Plenário da Câmara e/ou do Senado. O inaceitável é quererem anular o resultado de uma comissão especial que funcionou por 90 dias, de um total de 120 dias que uma Medida Provisória tem de prazo”, publicou o Bom Senso FC em seu perfil no Facebook.

Fonte: EFuroni Conteúdo Editorial
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