Investigado pelo FBI pela transferência de US$ 10 milhões (cerca de R$ 31 milhões) da Suíça para uma conta em Trinidad e Tobago, o secretário-geral da Fifa e braço direito de Joseph Blatter, Jérôme Valcke, defendeu a própria inocência nesta quarta-feira.
"Eu não devo ser censurado, e certamente não me sinto culpado. Então eu não tenho nem que justificar que sou inocente", declarou o francês à rádio France Info.
Funcionário de alto escalação da entidade máxima do futebol, Valcke reiterou que não vê motivos para deixar o cargo de secretário-geral. "Eu não tenho motivos para dizer que eu não deveria permanecer como secretário-geral em virtude do que aconteceu nos últimos dias, porque eu não tenho responsabilidade", comentou.
Vale lembrar que o francês é funcionário não eleito da Fifa - ou seja, é subordinado ao presidente da entidade. Segundo o órgão de investigação norte-americano, o dinheiro seria parte do esquema de compra de votos para garantir a África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.
Nesta terça-feira, a Fifa emitiu um comunicado afirmando que a quantia relatada foi transferida para financiar um projeto de fundo de desenvolvimento do futebol no Caribe, sendo devidamente autorizada pela diretoria financeira e realizada sob as regras da entidade e sem o envolvimento de Valcke.