O 73º Congresso da Fifa, que está sendo realizado em Ruanda, na África, e que reelegeu Gianni Infantino para mais quatro anos no comando da entidade, também teve um bom saldo para o futebol brasileiro. Com o apoio de todos os demais presidentes de federações nacionais da América do Sul, que compõem a Conmebol, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, passou a ocupar um assento no Conselho da Fifa.
O posto estava representado pelo vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, desde 2015, ano em que a Justiça dos EUA deflagrou operação de combate à corrupção no futebol mundial e prendeu na Suíça o então presidente da CBF, José Maria Marin. Em seguida, seu vice Marco Polo Del Nero acabou indiciado pelos norte-americanos, acusado de vários crimes.
Na oportunidade, quem respondia pelo Brasil no Comitê Executivo da Fifa – que mudou a nomenclatura para Conselho da Fifa em 2016 – era Del Nero. Como sua situação ficou delicada por causa das denúncias que se avolumavam contra ele, a solução encontrada pela CBF foi a de indicar Fernando Sarney para o cargo na Fifa.
Havia 11 anos, portanto, que a cadeira do Brasil na Fifa não era ocupada por um presidente da CBF. O último que teve esse poder foi Ricardo Teixeira, mas ele renunciou em 2012 à CBF e depois à Fifa por também ter sido indiciado pela justiça dos Estados Unidos, no rastro das mesmas investigações contra Del Nero e Marin.
Nesta quinta-feira, Ednaldo Rodrigues foi apresentado aos representantes das 211 associações nacionais no Congresso da Fifa. Em rápido discurso, ele agradeceu pela acolhida.
“Estou muito feliz pela confiança de todos os integrantes da Fifa e dos meus pares na Conmebol pelo apoio ao meu trabalho de reconstrução do futebol brasileiro neste meu primeiro ano no comando da CBF. A Fifa pode contar com a minha lealdade, dedicação e meu profissionalismo durante esse novo mandato.”
O Conselho da Fifa é formado por 37 integrantes e é o responsável pelas decisões estratégicas da entidade para o futebol mundial. Além de Gianni Infantino, oito vice-presidentes e outros 28 membros eleitos pelas associações filiadas fazem parte do órgão. Cada um deles tem um mandato de quatro anos e pode ser reeleito mais duas vezes.