Os empresários Edson Khodor e Renato Duprat viajaram para Portugal para se reunirem com o Porto e encaminharem a saída do meia Lucas Lima do Santos. O primeiro é representante direto do atleta, enquanto Duprat responde pela Doyen Sports, fundo maltês detentor de 80% de seus direitos econômicos. Os portugueses oficializarão uma proposta de 10 milhões de euros (cerca de R$ 34,8 milhões) pelo camisa 20, que pode não jogar mais pelo clube.
Lucas está suspenso para o clássico contra o Corinthians, no próximo dia 20, na Vila Belmiro, e tinha como expectativa dos portugueses já ter transação concluída para a realização de exames e integração.
A negociação, agora, passou a ser menos lucrativa do que a oferta inicial de 3 milhões de euros (R$ 10,4 milhões) da Doyen por sua liberação com a compra direta de 10% de seus direitos econômicos, única fatia que o clube detém sobre o camisa 20.
Contratualmente, o Santos é obrigado a cobrir à vista qualquer proposta pelo jogador, mas com a crise não tem condições para isso. Ainda assim, se recebesse 1 milhão de euros (R$ 3,4 milhões), referente aos 10% dos 10 milhões de euros, acrescentado 20% sobre o lucro, não superaria o valor oferecido individualmente pelos investidores.
O clube fez a sua contraproposta aos investidores, pedindo 5 milhões de euros (R$ 17,4 milhões) para liberá-lo somente em dezembro, condição totalmente rechaçada pelos envolvidos.
Duprat deveria apresentar a proposta já nesta quinta quando esteve, antes de viajar, na Vila Belmiro, mas saiu sem acordo sobre a negociação individual com a Doyen.
O Cruzeiro fez sombra para contar com o jogador por considerá-lo um substituto ideal para Éverton Ribeiro, mas já desistiu. O clube mineiro chegou a se reunir com o presidente Modesto Roma e cogitaram incluir o agente André Cury nas negociações, que encabeçou as transferências de Mena e De Arrascaeta.
Lucas Lima já não esconde mais o desejo de se transferir para o futebol europeu no segundo semestre. O camisa 20 santista admitiu publicamente que faz internamente consultas informais aos atacantes Robinho e Ricardo Oliveira, que acumulam longas passagens internacionais nas carreiras.